sexta-feira, 12 de julho de 2013

A história habitual - III

Chegou então a mobília e, de facto, as cadeiras eram um espectáculo. Primeiro porque pareciam mesmo confortáveis e segundo porque já vinham montadas. Já a mesa...

A Vanessa tentou montá-la e não conseguiu porque havia um encaixe que não era possível: duas peças tinham furos 2cm ao lado do que deviam. Depois, à noite, quando chegou a casa, o "engenheiro das obras tortas" não acreditou, pensou que a Vanessa é que estava a ser totó e foi tentar com ela: nada. De facto, o encaixe não se conseguia fazer. Finalmente, de manhã, ainda não totalmente convencido, o "engenheiro" voltou a tentar sozinho e, de facto, era impossível.

Encaixe correcto

Encaixe impossível

Conclusão: toca de devolver a mobília e pedir o reembolso. E com isto tinham-se passado duas semanas de trabalho, mails, telefonemas e chatice com a agravante de que não tínhamos mobília no jardim. E pior, agora tínhamos quatro grandes caixotes a atravancar-nos a cozinha e o corredor. Parecia um aterro.

O aterro 

Chamo a atenção para a qualidade dos embrulhos. Como já tínhamos mandado para a reciclagem os invólucros originais, tive de ir sacar uns caxotes e uns plásticos ao Tesco e puxar pela imaginação. 

Destaco a forma como envolvemos o tampo da mesa e o seu vidro com um gigante cabo Ethernet que eu andava há meses para mandar fora.

Para acabar e resumindo - porque é sexta à noite e eu ainda tenho uma montanha de coisas para fazer até domingo, à tarde, hora do churrasco - escusado será dizer que os artistas voltaram a combinar um dia para recolher os caixotes e não apareceram. Foram mais não sei quantos telefonemas e desculpas esfarrapadas da parte deles até ao dia em que, finalmente, nos levaram aquela porcaria daqui para fora. 

No final, quando pensávamos que iam engonhar para devolver o dinheiro, demoraram menos de 24 horas a creditar-nos, de volta, o que tinham recebido.

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