segunda-feira, 29 de julho de 2013

O churrasco

Este post já devia ter saído há duas semanas mas, na altura, havia muita coisa para fazer e foi adiado e, entretanto, estive dez dias de férias e por isso nem olhei para o blog. 

Aqui fica um pequeno registo do churrasco que preparei, para a equipa, cá em casa. Falha grave: nem uma foto tenho das pessoas, o que pode alimentar o rumor de que tudo não passou da minha imaginação. A verdade é que eu tinha dito que ia tratar de tudo sozinho e com três entradas, duas qualidades de sangria, acender o grelhador, trocar a louça, grelhar a carne, buscar a sobremesa, fazer café e levantar tudo, não sobrou muito tempo para fotos. 

Avaliação: correu muito bem. Único senão: nunca tinha sido o único responsável por um grelhador a carvão. Como tal não sabia que as brasas tinham de estar apagadas quando começasse a grelhar a carne. Só nos custou umas quantas salsichas iniciais. Depois foi sempre a andar.

  




sexta-feira, 12 de julho de 2013

A história habitual - III

Chegou então a mobília e, de facto, as cadeiras eram um espectáculo. Primeiro porque pareciam mesmo confortáveis e segundo porque já vinham montadas. Já a mesa...

A Vanessa tentou montá-la e não conseguiu porque havia um encaixe que não era possível: duas peças tinham furos 2cm ao lado do que deviam. Depois, à noite, quando chegou a casa, o "engenheiro das obras tortas" não acreditou, pensou que a Vanessa é que estava a ser totó e foi tentar com ela: nada. De facto, o encaixe não se conseguia fazer. Finalmente, de manhã, ainda não totalmente convencido, o "engenheiro" voltou a tentar sozinho e, de facto, era impossível.

Encaixe correcto

Encaixe impossível

Conclusão: toca de devolver a mobília e pedir o reembolso. E com isto tinham-se passado duas semanas de trabalho, mails, telefonemas e chatice com a agravante de que não tínhamos mobília no jardim. E pior, agora tínhamos quatro grandes caixotes a atravancar-nos a cozinha e o corredor. Parecia um aterro.

O aterro 

Chamo a atenção para a qualidade dos embrulhos. Como já tínhamos mandado para a reciclagem os invólucros originais, tive de ir sacar uns caxotes e uns plásticos ao Tesco e puxar pela imaginação. 

Destaco a forma como envolvemos o tampo da mesa e o seu vidro com um gigante cabo Ethernet que eu andava há meses para mandar fora.

Para acabar e resumindo - porque é sexta à noite e eu ainda tenho uma montanha de coisas para fazer até domingo, à tarde, hora do churrasco - escusado será dizer que os artistas voltaram a combinar um dia para recolher os caixotes e não apareceram. Foram mais não sei quantos telefonemas e desculpas esfarrapadas da parte deles até ao dia em que, finalmente, nos levaram aquela porcaria daqui para fora. 

No final, quando pensávamos que iam engonhar para devolver o dinheiro, demoraram menos de 24 horas a creditar-nos, de volta, o que tinham recebido.

sábado, 6 de julho de 2013

A história habitual - II

Começou logo tudo mal com a entrega. 

Só um aparte que serve de introdução: se há bem pelo qual eu tenho uma infindável estima esse bem chama-se tempo. Para mim, tempo vale muito mais que dinheiro. A segunda coisa que mais odeio é perder tempo, a coisa que mais odeio é que a incompetência de outros me faça perder tempo. Fico doido! É assim, para mim, no trabalho, e é assim de forma ainda pior na minha vida pessoal, onde o tempo é ainda mais valioso. Tenho para mim que desorganização e incompetência estão muito muito próximas em significado porque, lá está, ambas conduzem à perda de tempo.

A juntar a isto, como maximizo ao máximo todas as férias que tiro (fazendo trocas para que cada semana de férias se transforme, efectivamente, em 11 dias fora daqui), quando estou em Inglaterra trabalho quase todos os dias. Normalmente faria 50 horas por semana. Com estas trocas, acabam por ser semanas de seis dias de trabalho: 60 horas. O que faz com o tempo livre seja pouco e por isso tenha ainda mais valor.

Posto isto, escolhemos o setting de jardim na internet, encomendámos, pagámos e acordámos o dia da entrega. Explicámos com infindável detalhe que a entrega tinha que ser feita de manhã porque nesse dia eu ia trabalhar das 12h30m às 22h30m. Garantimos que a pessoa do outro lado percebia. Nem que tivesse um atraso mental. Chegou o dia e os gajos não apareceram. Perda de tempo. Azia.

Combinou-se outro dia. Vanessa em casa o dia todo: não apareceram. E o mal é que o pagamento já tinha sido feito, senão pedia-lhes amavelmente para colocarem as cadeiras e a mesa onde o Sol não brilha.

Mail para cá, mail para lá, arranjou-se outro dia. Eu ia estar em casa de manhã e a Vanessa chegava às 14h00m. De manhã: nada. Fui uma hora a casa, das 15h30m às 16h30m: ainda não tinham aparecido. Cheguei à farmácia, pedi ao Swaib para ficar mais cinco minutos e fui para cima deles. Liguei aos gajos da entrega:

- " Nome? "
- " Vanessa Vieira. "
- " Pois... Isso hoje já não dá, mas amanhã..."
- " Amanhã o quê?? Entrega o quê, quando? O cara***! Está a ouvir? O cara***. Ouça, ou vocês entregam essa m**** hoje ou escusam de entregar. É o terceiro dia que está alguém à vossa espera de propósito. Os dois primeiras demos de borla. Hoje se não entregarem, não entregam mais. Podem pôr esse m**** onde quiserem. E o dinheirinho é para vir todo. Tenho mails a provar a vossa incompetência. Vocês andam onde? Bristol? Então quando acabarem vêm por aí acima e deixam as coisinhas lá em casa. Senão é como lhe digo, não entrega mais. "

No fim, pedi desculpa ao pessoal da farmácia porque, embora estando lá a um canto, o tom e algum conteúdo acabaram por ser audiveis, por alguns deles.

E os gajos entregaram, de facto, passado umas horas. Mas os problemas continuaram.


Um cambuta que também valoriza bem o seu tempo e não teve tanta paciência como eu

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A história habitual - I

As coisas vão bem na farmácia e, como tal, o meu chefe continua a chatear-me para eu fazer mais qualquer coisa. Já estive mais longe de aceitar. 

Mas hoje não me apetece falar de trabalho porque cheguei de onze dias de férias* e parece que andou um gorila à solta na farmácia. Tenho para lá trabalho para fechar aquilo e ficar lá dentro, três dias, sozinho, a despachar papelada, responder a mail e organizar dossiers. E a juntar ao habitual caos que representa chegar de férias, desta vez isso calhou num final de mês, que é também mudança de trimestre e em que o Tesco decidiu lançar uma série de projectos, desde novas S.O.P.s a mudanças de planograma e o diabo a sete.

Adiante.

Há um mês, dados os bons resultados que temos tido na farmácia e porque nunca tinha convidado ninguém da equipa para vir aqui a casa, decidi preparar e oferecer um churrasco a toda a equipa. Como é que eu vou fazer isso, pergunta o perspicaz leitor que sabe que eu nasci com quatro pés? Pois, não sei. Nunca organizei um churrasco. Mas terei cerveja no frigorífico e penso que isso é meio caminho andado para o sucesso.

O que tambem ajuda ao sucesso é ter mesa e cadeiras no jardim e um grelhador. Fosse pelo churrasco, fosse porque também queremos, o que é facto é que a malta aqui de casa resolveu comprar uma mesa e umas cadeiras para o jardim. Demos uma olhadela numa série de sites e acabámos por decidir investir num conjunto todo XPTO. Cadeiras de topo. Uma qualidade do caneco. Preço: para cima de um dinheirão.

Só tem dado problemas. E novidades ?



* - Gostava de me penitenciar e de partilhar com a triste parte do mundo que não tem vida e que por isso vem aqui perder parte do seu tempo, que estive onze dias de férias - sete dos quais em Portugal - e que estive com os meus pais 1-2 horas, no máximo. Sou um canalha. As minhas desculpas à Dona Graça e ao Xôr Lage.