quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

À décima foi de vez

Já estou em Londres de onde parto, amanhã cedo, com destino ao Funchal.

Num ano que vai ter algumas mudanças, nada como começar por um Réveillon original.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Estórias VI - O meu Charles Dickens

Quem me conhece sabe que eu não sou grande fã do Natal. Como eu costumo dizer, opto por gostar do Natal 51 semanas no ano: de quem se gosta, gosta-se sempre. 

Mas ontem, no final de uma semana cansativa de trabalho, eu e a Vanessa fomos jantar fora e ela perguntou-me se eu nunca tinha gostado do Natal. E aí, eu comecei-lhe a contar a hitória dos melhores Natais da minha vida: os Natais de quando eu era puto.

Era sempre igual. Passávamos todos (eu, os meus pais, os meus tios e os meus primos do lado materno) a noite e o dia de Natal, em casa da minha avó materna. Era o ano todo a pensar naquilo porque era das poucas, raras, vezes que essa parte da família se juntava toda. Era sempre igual: jantávamos todos em casa da minha avó e depois voltávamos a passar o dia todos juntos, com mil pequenos pormenores a repetirem-se ano após ano.

Mas era, como disse, o ano todo a pensar naquilo... e depois aquilo passava num instante. O pior do Natal era mesmo o dia 25 à noite, porque tinha sido o ano todo à espera do Natal, da junção da família, e depois a coisa passava num instante e só voltava a ser Natal daí a um ano inteiro. 

Se calhar está aí a génese de eu hoje não ligar ao Natal. É que os meus Natais de puto foram mesmo muito bons. A fasquia ficou injustamente muito alta  para os Natais Presentes se aguentarem. Esperemos, pois, que a família aumente para que em breve, no Natal Futuro, eu possa voltar a gostar do Natal.

Ainda assim: Boas Festas, people! O surdo vai para cima da coluna.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Boas Festas

Está aí mais uma época festiva e para a acompanhar já temos aquele frio que até dói nas mãos e faz adiar os jogos da Sunday League. Em breve, provavelmente, teremos neve.

Os ingleses, esses, vivem o Natal com grande intensidade (ou isso, ou toda a gente vive o Natal com grande intensidade, menos eu), multilpicam-se em compras de prendas e oferecem postais de Natal a toda a gente que conhecem minimamente. Aqui a malta vai trabalhar a semana toda e depois a Vanessinha vai até casa, no sábado. Eu ainda fico mais uns dias e depois juntar-me-ei a ela e à família dela para a Passagem de Ano.

Depois teremos 2012. E 2012... bom, 2012 vai ser um ano do caraças. Para começar porque é ano par e já se sabe que um ano par é muito melhor porque tem Mundal ou Europeu. E depois, a nível pessoal, 2012 vai ser um ano repleto de grandes mudanças para os dois de Gloucester: umas já confirmadas, outras bem encaminhadas, outras apalavradas e outras ainda para as quais eu vou continuar a fazer pressão. Mas sobre isso escreverei ao longo do ano.

Para já, Bom Natal e Boas Entradas a quem vai querendo saber como a malta vai.

Já é antiguinho este vídeo, mas não deixa de ser bom.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Jantar de Natal LP0180


Contrariando a tradição, este ano o pessoal da minha farmácia resolveu fazer um jantar de Natal, em Dezembro. Não apareceu a equipa toda, mas os que foram fizeram uma festinha engraçada com boa comida, boa cerveja, barretes de Pai Natal, momentos de variedades, comédia e regabofe. E, como eu lhes disse ontem, é bom passarmos um bocadinho de tempo juntos fora daquele manicómio onde trabalhamos e longe do stress do trabalho. Foi uma festa gira... até às 23h.

Aí começou uma história, no mínimo, surreal, daquelas que parece que eu invento. As senhoras, quais Cinderelas com o relógio adiantado, começaram todas a preparar-se para ir embora e eu ia chamar um táxi para a cidade, para ainda ir dar um pezinho a algum lado (a Vanessa também teve um jantar de uma farmácia que a convidou). Estou eu prestes a ligar aos táxis quando uma das minhas colegas me diz: "Olha... e porque é que não pedes uma boleia ao George". Maldita hora!

O George é um senhor de 50 anos, farmacêutico, que costuma trabalhar lá na farmácia com regularidade e que se pode ver de azul, na foto, em baixo. Pergunto-lhe eu, às 23h00m: "Oh George, dás-me uma boleia?" "Claro, entra aí para o banco de trás que eu estou só aqui a mostrar uma música ao Jamie" (o Jamie é um rapaz que trabalha na loja da farmácia e que também aparecer aí na foto).

Pois bem... Eu entro no carro e começam eles a ouvir música. Perdão! Aquilo não era ouvir música. Aquilo era tentar rebentar com os tímpanos de um gajo, dado o indescritível volume da coisa e o seu conteúdo: tão só, heavy metal. E ouve-se a primeira música de AC/DC, ouve-se a segunda, ouve-se a terceira... Acaba a quarta e o George vira-se para o Jamie: "Olha e estes?" E aponta para um cd de uma banda chamada "Pantera", que faz os AC/DC parecerem o Coro de Santo Amaro de Oeiras. E o surdo no banco de trás... calado.

Sei dizer que correram o cd quase todo, ainda mudaram para Jimmy Hendrix (altura em que voltei a conseguir escutar os meus pensamentos) e, no final, antes de ir para a sua moto, o Jamie ainda disse: "Oh George, só mais uma de "Pantera" pró caminho". Era 00h30m quando finalmente nos pusémos ao caminho. E o pior é que ele nem ia bem para os meus lados e deixou-me bem longe do centro da cidade. Altura na qual, o meu orgulho já não me deixou chamar um  táxi e eu fui, vinte minutos, a pé, até casa (pois já não era hora de ir sair com jogo hoje), a comer na cabeça rapada, com os 0.5ºC que por essa hora faziam, em Gloucester.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Morreu o Dr. Sócrates

Diz o Sr. Meu Pai que o Brasil de 82 foi a melhor Selecção de futebol de sempre e que o facto de não ter sido campeão do mundo é o maior crime do futebol. Eu não sei porque só os vi em vídeo mas se o homem o diz, eu acredito.

O Dr. Sócrates - que morreu hoje - além de ser um dos craques dessa equipa e um dos jogadores de futebol mais elegantes de sempre, era um homem formado, culto e que se destacava fora do campo em lutas pela  democracia, numa altura em que o Brasil vivia em ditadura.

Aproveito a data para lembrar o "Dr. dos calcanhares" e deixo um vídeo sobre esse "tal" Brasil.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mais três pontos

Parece o Benfica mas não é. É mais uma multa. Excesso de velocidade. No dia em que conduzi o carro da Vanessa para ir buscar o carro novo.

Mas esta é de um rigor assustador: numa zona de limite 30 mph, ia a umas loucas 35 mph. Ainda bem que o carro não tinha asas, senão levantava voo.

domingo, 27 de novembro de 2011

Adenda ao post anterior

Como já há algum tempo disse, no UK, uma vez que só existe uma forma para a segunda pessoa do singular - o "you" -, ninguém faz distinção entre tratamento coloquial - o "você" - ou familiar - o "tu". Aqui é tudo "you". Seja para a minha equipa, seja com as chefias, seja com os utentes, seja com pessoas mais novas ou mais velhas, só há uma forma de os tratar: "you".

A mim, se não for "you",  tratam-me por "André" (pelo menos aqueles que conseguem pronunciar o nome. Os outros optam por Andrea, Andreas, Andray, Andria...). Isto é válido desde o elemento mais novo da equipa, até ao mais afastado dos meus chefes - tudo me chama André. E não creio que se trate de uma questão de idade, pois já trabalhei com farmacêuticos mais velhos (40's, 50's) e nenhum era tratado por Mr.Isto ou Mrs.Aquilo. Eram simplesmente chamados por toda a gente de Corinne, George ou Ann (o que no fundo faz sentido... pois é o nome deles. Estranho era se os chamassem de Xô Vitor). De resto, eu próprio trato-os todos pelo primeiro nome ou por "you". Apenas os utentes são tratados por Mr, Mrs ou Miss. Sendo que eles próprios me tratam apenas por André.

Esta questão veio-me à cabeça, na sexta-feira, depois de uma reunião com uma chefe bem acima de mim que trato simplesmente por "Vanessa" e enquanto, passados dez minutos, um utente se dirigia a mim, chamando me simplesmente André. E eu pensava no quanto é irónico que, no país onde a minha profissão mais é valorizada, as pessoas se tratem de uma forma tão directa, sem formalismos bacocos de "doutor" para aqui e "doutor" para ali e sem precisarem desses formalismos para estabelecer relações respeitosas.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sinais dos tempos


Por força da existência do blog e graças, também, à ida há uns meses à FFUC, recebo, amiúde, no mail, mensagens de colegas que procuram saber como é a experiência de um farmacêutico no UK e, nalguns casos, manifestando interesse em também vir. Neste momento, como lhes tenho dito, a facilidade em vir, não está como já esteve. Conheço um caso de uma emigrante recente mas, sem dúvida, que a vinda está muito complicada. Mas não é sobre isso que quero escrever.

O que me choca (é esta a palavra certa) são os testemunhos que me vão chegando. Os testemunhos de colegas que investiram imenso numa formação qualificada, que se dedicam ao que fazem e que se vêem, por um lado, numa carreira limitada e desmotivante (porque o papel do farmacêutico de oficina, em Portugal, é isso mesmo: limitado); e por outro que são agora vítimas de cortes de direitos, ordenados e regalias, que roçam a exploração.  A estes relatos, juntam-se as notícias que leio sobre o estado geral das coisas em Portugal e, muito particularmente, o estado da Farmácia (com a recente guerra aberta entre médicos e farnacêuticos, da qual nem uma Ordem nem a outra saem bem vistas).

E perguntam-me muitas vezes: mas o que é que é assim tão diferente, aí? Bom... a resposta a esta pergunta dava um bom livro. Mas se tivesse que o resumir num parágrafo diria que aqui trabalho em parceria com médicos/enfermeiros/outros profissionais de saúde/os próprios utentes e sou parte de um Sistema de Saúde onde ninguém precisa de se achar superior a ninguém e onde todos trabalham em conjunto, com vista ao que realmente interessa: a qualidade do serviço prestado aos utentes.

Para além de todo o respeito social que aqui há pela profissão, para além de toda a responsabilidade que está no que faço, para além de toda a pressão a que estou sujeito, para além do muito mais dinheiro que aqui ganho, para além de toda a qualidade de serviços que as farmácias colocam ao serviço dos utentes, para além de todas as funções de gestão que tenho; se tivesse que resumir porque é tão diferente o que faço, é no parágrafo anterior que o resumo está.

Ainda no outro dia, achei que uma dada dosagem de antibiótico era alta para a idade de uma criança. Liguei ao médico. Estava ocupado (também se fartam de trabalhar aqui). Ligou-me passados dez minutos e explicou a razão da dosagem como sendo um caso específico previsto no BNF. Pedi desculpa por lhe ter interrompido o trabalho ao que ele me responde: "Não. Não. Você não tem que pedir desculpa. Você tem é que me interromper sempre que algo lhe chamar a atenção. Nós gostamos de saber que podemos contar convosco como uma "rede de segurança". Dá para perceber a ideia, certo? Em Portugal, não só não agradecia, como não dava possibilidade de qualquer discussão, como levava a mal eu ter ligado. Isto se chegasse sequer a telefonar-me de volta. Aqui também já deve ter sido assim, mas desde que um tal de Dr. Harold Shipman se lembrou de matar mais de 200 pacientes, criou-se um sistema integrado de que todos (do médico ao utente) fazem parte e onde todos controlam o trabalho de todos.

A juntar a estas diferenças, todas as notícias que chegam de Portugal (do estado das coisas em geral e da minha profissão em particular) deixam-me triste. Principalmente, conhecendo o potencial do país, dos portugueses e dos meus colegas farmacêuticos em especial, e comparando com os ingleses que vejo não terêm nada a mais que nós. Estou cada vez mais seguro do timming e acerto da decisão que tomámos ao vir, e feliz pela forma como ambos nos impusémos e como as coisas nos correm, mas fico muito triste pelo meu país e pela forma como esta geração está a ter que se voltar para o estrangeiro para ver o investimento que fez na sua formação, reconhecido e valorizado. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Kendal Road 2011/2012

Foi-me chamado à atenção que o site do Kendal Road Old Boys, este ano, não tem sido actualizado. Assim sendo, e mais para registo futuro do que por ser assunto de especial interesse, aqui fica um resumo da época até à data.
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Como já disse, estamos numa divisão acima daquela que disputávamos no ano passado. A qualidade das equipas é ligeiramente melhor, embora ainda bem abaixo, por exemplo, da Divisão de Honra do distrital de Coimbra.
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O Kendal Road vai fazendo pela vida: muitos empates, duas ou três vitórias e duas derrotas. Um início cheio de empates, depois a primeira derrota e três vitórias seguidas que nos colaram aos lugares de subida. Nas últimas duas semanas, um empate e uma derrota contra equipas do fundo da tabela acabam por nos colocar no lugar justo para a nossa qualidade: o meio da tabela. Na Taça da Liga estamos nas meias-finais e na Taça do Condado estamos nos quartos de final.
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Em resumo, não creio que vamos passar por sobressaltos de nos vermos envolvidos na luta pela manutenção mas acho que também não temos qualidade para olhar para os lugares de subida. Basicamente, defendemos muito mal (faltam os princípios mais básicos), não temos treinador e precisávamos para esta divisão de um guarda-redes com bracinhos, um lateral, um ou dois centrais e um ala. Não precisavam de ser nada de especial. Só cumprir os mínimos.
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Pessoalmente, não me queixo. Tenho jogado sempre, corro 90 minutos e não noto que, para este nivel, me falte "o pedal". Corro, salto, passo, remato, dou umas porradas, levo outras, mando uns berros, comemoro uns golos e, principalmente, não me chateio com ninguém. Tenho jogado que me farto e já quase todas as equipas do condado conhecem ou ouviram falar do "portuguese" dos Kendal. Na conta pessoal, levo 4 ou 5 golos. Todos de cabeça.
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Mais importante ainda, a boa disposição no balneário do Kendal Road continua a mesma de sempre. Ainda esta semana perdemos, em casa, com uma equipa que não lembra a ninguém e, no final, lá estava a malta a dançar e a cantar como sempre. É Sunday League. O espírito é mesmo esse.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Paulinho, o carro é muita bonito

Foi longa a busca mas penso que se chegou a bom porto (não confundir com aquela equipa que empatou 2-1, em Nicósia).
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Os preços dos carros no UK, novos e usados, são incomparavelmente inferiores aos praticados em Portugal. Como tal, tendo em conta o que pretendia gastar, encontrei vários espécimes que me satisfaziam.
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No final, a decisão pendeu entre o carro que acabei por comprar e um Mercedes C320 SE, de 2003, com 38000 milhas. Acabei por deixar este último cair pois além de significar um investimento de mais £1500, significava mais £150/£200 de seguro por ano e mais £300 de imposto por ano, por um carro com volante à direita - ou seja, que servirá apenas para usar enquanto estiver no UK (seja lá isso o que for). Era um carro melhor? Era. Muito. Era mais seguro, mais confortável? Sim. Mas não é o tipo de investimento que me move. Não é num carro que penso quando aceito mais horas-extra ou peço mais trabalho.
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Quanto à escolha, acabei por me manter fiel ao que tenho tido desde que compro carros. Tinha um Astra em Portugal, comprei um Astra quando cheguei e agora fiz o upgrade para outro Astra. Registo de 2004, 50000 milhas de experiência, bom aspecto, seguro q.b., muuuuito mais confortável do que o que tenho andado a conduzir e muito maneirinho no que respeita a seguro e imposto. No final: £ 3200.
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Estou satisfeito. Agora só estou mortinho para que chegue sábado para o ir pòr a lavar. Principalmente por dentro: o meu carro pode andar todo porco por fora, mas por dentro, Santa Paciência, tem que andar "no capricho".
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Só hoje me lembrei que não tinha fotos do velhinho Astra. Tive que tirar esta à pressa já depois de o ter vendido.
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É este, então, o novo Astra cá de casa.
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P.S. - Tenho uma teima com a Vanessa e gostava de ouvir vozes imparciais para desempatar. Eu, à segunda vez que olhei para o carro reparei de imediato numa particularidade da matrícula. Algo comum aqui no UK. Ela diz que por eu ter sempre a cabeça condicionada por uma coisa, acabo por ver particularidades destas onde não as há. Por favor, alguiém repara em alguma coisa na matrícula?

sábado, 12 de novembro de 2011

Estórias V - Pneus

A história de andar à procura de carro, lembra-me uma grande "estória".

Corriam os últimos meses do ano de 2007. Era altura de levar o meu carro à inspecção e o meu pai ficou de o levar a um mecânico amigo para ver se tinha algum problema. Entreguei-lhe o carro e fiquei com o dele. No dia seguinte, estava a acabar o treino, aparece-me o meu pai, no Bolão, com cara de poucos amigos.

"Então? Está tudo bem?" - perguntei. 
O homem só não me bateu: "Está tudo bem? Está tudo bem? Tu sabes como é que tinhas os pneus do carro?? O mecânico levantou-o e até se assustou. Até os arames se vêem! Tens noção do que isso quer dizer?"
"Presumo, agora, que seja mau."
"Mau? Tu és um inconsciente."

Não muito convencido de que toda a gente soubesse da questão, cheguei a casa e perguntei ao Auto e ao Pardal: "Ouçam lá, vocês sabem que se devem trocar os pneus do carro, de vez em quando?"  
"Óbvio. Porquê?"
"Epá, é que o meu carro fez mais de noventa mil quilómetros e só agora, por ter ido ao mecânico, é que os vou trocar. E o meu pai fartou-se de me chatear a cabeça."
Posso dizer que ainda hoje sou gozado por causa disto.

E agora a cereja: estávamos em 2007. Eu vivia em Coimbra, trabalhava em Figueiró dos Vinhos e treinava os juvenis da Académica. Fazia 140 quilómetros todos os dias. De três em três semanas, com os serviços na farmácia, às sextas-feiras ia e vinha duas vezes, com passagem pelo Luso. Eram 300 quilómetros num dia. E ao fim de semana ainda ia ao Porto ter com a Vanessa.

De facto o carro chiava um bocado nas curvas. Mas eu pensava: "Está a chiar, está a aderir". Por vezes penso que a inteligência me foi toda para os pés... 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estamos bem.

Não há novidades. Estamos bem.

Na próxima semana haverá novidades quanto a carro. Entretanto, procurei numas sucatas e tenho uma proposta de £140.00 pelo velho Astra. De certeza que não há ninguém por aí que queira um bólide, com problemas, a um preço maneirinho? Provavelmente só terá uma semana para se chegar à frente.

Ah... e que os amigos do Dzeko não nos tramem, sábado, no batatal de Zenica 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O velhinho Vauxhall está a dar o berro

Há já algum tempo que ando a sondar o mercado para ver se arranjo um carro novo. A principal razão é uma questão de ego: já me custa guiar todos os dias um carro com o volante torto, a embraiagem que faz barulho, um ou dois pneus furados, com rádio que só funciona se lhe ligar o iPhone, em que os esguichos não trabalham e com dois ou três amassos de fora. Além disso trabalho bastante, ganho razoavelmente e poupo muito do que ganho... Porra!  Não ache que para ser um gajo humilde tenha de andar para sempre no carro mais velho da cidade!

Depois há também a questão da segurança e do conforto (já não existe, em 2011, andar num carro sem direcção assitida).

Coincidência das coincidências, desde que cheguei de Portugal, há uma semana, o carro anda a engasgar-se e às vezes não pega. Levei-o ao mecânico para ver isso, trocar os pneus e fazer a inspecção anual mas disse ao homem para me dizer quanto era o arranjo antes de mexer no carro. A resposta chegou hoje: £200. Não compensa para o carro que é e para o mercado de carro usados que existe no UK.

Vou andar com ele até ao fim do mês, enquanto procuro um novo e depois, das duas, uma, ou o vendo ao local onde comprar outro, ou o mecânico fica-me com ele pela fantástica quantia de £50 mais todas as burocracias que a venda envolva. Para já é a melhor oferta.

domingo, 30 de outubro de 2011

Mudança da hora - A grande diferença entre nós

A mudança da hora, ocorrida esta noite, serve bem para ilustrar a principal diferença entre mim e a Vanessa. Nenhum dos dois está certo. Apenas diferentes na maneira como ambos erramos. Passo a explicar.

A hora mudou esta noite em muitos países. Excepto para a Vanessa. Como não podia deixar de ser, não sabia de nada. Descobriu hoje de manhã.

Eu não fiz melhor. Com a mania de tratar de tudo, mudei manualmente a hora do iPhone. O pior é que o telemóvel está programado para o fazer automaticamente. Resultado: o meu relógio foi mexido duas vezes e acordei, atrasado, com o treinador do Kendal Road a ligar-me a perguntar se sabia onde era o campo. Ao que a Vanessa responde: a hora mudou?

No fundo, nenhum está certo. Estamos é errados, cada um à sua maneira.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Últimos cartuchos de 2011

Vou a casa este fim de semana. Aproveito e queimo a última réstia de férias.

Chego amanhã e fico até quarta-feira: nos primeiros dias estarei com a malta da faculdade em mais um típico "Fim-de-semana Pharmaoestiano", domingo à noite chego a Coimbra e quarta arranco, de Lisboa, rumo a Gloucester.

Quanto a regressos a Portugal, depois disto, só a 30 de Dezembro.

Casa da Ilha. Expectativas: elevadas

domingo, 16 de outubro de 2011

Portugal vs UK... de novo

Sai post sobre diferenças entre Portugal e o UK.

Hoje vou escrever sobre uma questão social que é muito diferente no UK, daquilo que estamos habituados a ver em Portugal. Trata-se da relação pais-filhos.

Aqui o normal é que, no máximo, aos 16 anos um jovem comece a trabalhar. Mais: com o dinheiro desse trabalho é suposto começar imediatamente a ajudar em casa, pagando renda aos próprios pais. Mais: se quiser continuar a estudar tem de conseguir acumular o estudo com o trabalho e, caso queira ir para o ensino superior, tem de estar preparado para suportar, sozinho, os enormes custos que isso acarreta (e estamos a falar de propinas que custam, em média, sete ou oito vezes mais do que as propinas em Portugal).

É, provavelmente, por tudo isto que apenas uma minoria pensa em, terminado o secundário, seguir com os estudos. É muito difícil para jovens de 17/18 anos, trabalharem e estudarem ao mesmo tempo e ainda arranjarem dinheiro para pagar propinas, renda aos pais e os seus próprios gastos. Muitos dos que conseguem, fazem-no à custa de empréstimos bancários que depois ficam a pagar durante os primeiros cinco a dez anos de trabalho.

Já me deparei com o cúmulo de uma miúda com os parafusos no sitio (são muito poucas por Gloucester mas ainda se encontram de vez em quando), trabalhadora, dedicada, que faz uma série de horas em várias Lloyds e que anda a tentar estudar, andar à rasca de dinheiro. Tão à rasca que passa a roupa a ferro à avó e limpa-lhe a casa a troco de... esperem... esperem... sentem-se bem: £6.00 à hora. Foda-se!!! SEIS LIBRAS À HORA para andar a esfregar chão e passar a ferro. E é avó... Imagino se não fosse. E a velha nem um tusto a mais lhe dá. Pior: os pais vão para aí uma duas vezes por ano ao Egipto passar uma semana. Portanto não estamos a falar de gente que ande propriamente à rasca. E a miúda é aplicada. Dá o litro. Chego a ter pena. 

De modo que, desta vez publicamente, deixo aqui um grande agradecimento a "papai e mamãe" por me terem dado as duas melhores prendas que uns pais podem dar: uma boa educação e a oportunidade de estudar. Bem hajam.

sábado, 8 de outubro de 2011

Her Majesty's Prision - Gloucester

Desde há um ano e pouco, quando comecei em Longlevens, que faço a gestão de um contrato entre a Lloyds e a HMP Gloucester (aka a Prisão).

Até agora, apenas lidava com o trabalho que nos chega à farmácia diariamente: a dispensa da medicação para cada um dos prisioneiros (com algumas diferenças da dispensa normal ao público, por razões óbvias), a gestão do stock próprio da Prisão e a gestão de problemas do dia-a-dia. A partir da semana passada, passei a fazer mais: passei a fazer uma visita semanal, de três horas, à Prisão.

Durante a mesma, agarro nos ficheiros dos prisioneiros e procuro verificar se todos os registos feitos pelas enfermeiras e médicos está a ser o legalmente exigido, se há algum problema clínico relevante e se há casos de despedicio. Ou seja, além da verificação clínica, pedem-me, agora, que investigue e questione qualquer caso onde as directrizes de prescrição não estejam a ser seguidas ou onde não se esteja a utilizar o medicamento mais barato para tratar uma condição. Pedem-me também que verifique se há desperdício por excesso de prescrição (integrando a informação das quantidades prescritas, a posologia, a condição a tratar, o preço do medicamento e os dias que o prisioneiro ainda vai passar na Prisão). Finalmente, tenho de agarrar em toda a informação recolhida e tratar aquilo estatísticamente para que a Prisão receba, semanalmente, um relatório do meu trabalho.

Além disto, tenho ainda que fazer qualquer auditoria que a Prisão queira relacionada com medicamentos. Por exemplo, os gajos querem saber que percentagem de prisioneiros estão a tomar benzodiazepinas e, destes, quantos estão a diminuir a dose para serem retirados da medicação. Lá vai "o surdo", agarra em 100 ficheiros de prisioneiros, verifica o que lhe pediram, recolhe a informação, faz umas contas e apresenta-lhes aquilo numa tabela bonitinha.
  
Por fim, tenho que dar resposta a diversas tarefas que me apresentem, relacionadas com medicamentos. Por exemplo, a semana passada, pediram-me que lhes arranjasse um documento de consulta rápida para cada uma de uma série de doenças crónicas: três/quatro páginas sobre fisiopatologia, causas, factores de risco, sinais, sintomas, valores de referência e tratamento de asma, diabetes, hipertensão e mais uma ou duas. Podia-lhes ter dado para pior!

Sentar-me com os prisioneiros, a rever a medicação com eles, é algo que já me foi mencionado mas ainda não foi, claramente, pedido.

Finalizada a visita, e uma vez que o contrato de cinco anos acaba daqui a seis meses, a própria Lloyds quer eu mantenha registos de toda a actividade: qualquer questão levantada tem que ter um formulário preenchido, por mais pequena e solucionável que seja, para que eles possam provar o trabalho que o farmacêutico anda a fazer. O que faz com que, depois das três horas de visita ainda tenha de me sentar na farmácia a registar tudo o que foi feito. 

E é isto que eu tenho andado a fazer. Mais trabalho nas primeiras semanas, pois estive a criar alguns documentos que me vão ajudar. Agora é só usar esse trabalho que já alinhavei e ir lá, semanalmente, fazer o que tem a ser feito.

domingo, 2 de outubro de 2011

Onda de calor


Os termómetros tem chegado aos 28ºC, em Gloucester, nos últimos quatro dias. O céu está limpo, não há nuvens e os dias estão cheios de luz.

Os ingleses acreditam que o Apocalipse está a chegar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cada vez com mais trabalho... Bom!

O que não falta a um farmacêutico no UK é trabalho em cima. Então se for manager de uma farmácia movimentada nem se fala.

Pessoalmente, ganho bem. Ganho, aliás, muito bem... não vou estar a negar. Mas também trabalho que nem cão e dou rios de dinheiro a ganhar a quem me paga. Hoje comecei a trabalhar, e agora mesmo a sério, na Prisão de Gloucester. A partir de hoje, fico responsável pela gestão de um contrato que garante um número com muitos zeros à Lloyds. Sobre isso falarei noutro post.

Vamos então ao dia: de manhã, fui directo para a Prisão e, até ao meio-dia, estive a perceber tudo o que tinha de fazer. Saí de lá e fui para a farmácia onde, depois de me instalarem um Office, dediquei duas horas apenas à Prisão. Nesse tempo, agarrei nas ideias que tinha na cabeça e organizei um dossier com o que preciso para o trabalho na Prisão: contactos, SOPs, documentos de raiz com o que fazer nas visitas semanais, formulários para comunicar com a Prisão... o que foi saindo.

Às 14h00m, ajudei a tratar do fim do mês, para que a empresa perca o menos possível com as reduções que o NHS coloca em vigor sábado.

Às 14h30m, comecei finalmente a ajudar a equipa e o farmacêutico que estavam desde manhã, no dispensário: juntos fizémos 10 MURs ao longo do dia, mais de 500 itens, despachámos dossette-boxes e dispensámos o que diariamente sai para a Prisão.

Pelo meio, às 15h30m, almocei... a ler os mails da farmácia e uma nova SOP que a empresa criou e que eu tinha de introduzir à equipa.

Até às 19h00m foi isto. Fechámos às 19h00m. Tivémos reunião, até às 20h, para eu introduzir o novo serviço que as farmácias do UK lançam sábado e como vamos dividir as tarefas por todos, para dar a conhecer os números dos últimos três meses, para falarmos sobre os próximos três e para limarmos arestas do funcionamento diário.

Cheguei a casa às 20h15m e a primeira coisa que ouvi foi: "Tens muito para fazer... És tu a pôr a máquina a lavar e a fazer o almoço".

Pois... mas primeiro Europa League.

domingo, 25 de setembro de 2011

Dois anos sobre a chegada: balanço da aventura


Passam, hoje, dois anos sobre a sexta-feira, 25 de Setembro, em que chegámos a este fim-de-mundo.

É facil de resumir: chegámos, passámos por dificuldades no início, mas estamos adaptados e em posições priveligiadas. De resto, continuamos a conhecer pouca gente por cá, continuamos a conduzir as mesmas duas "charanguetas velhas" que comprámos quando chegámos, continuamos a viver na mesma casa (vontade não falta para mudar, mas ainda não encontrámos nada melhor) e, principalmente, continuamos a adorar cada regresso a Portugal. 

Olhando dois anos para trás creio que valeu a pena, mesmo tendo em conta que passámos tempos difíceis, no início. Ainda hoje, à Vanessa, custa muito recordar as primeiras semanas no hotel, a comer sandes de atum ou "chicken wings", dia após dia, e com a janela a servir de frigorífico. Ou os primeiros meses em que, sem carro, atravessávamos a cidade, ao frio, para apanhar o autocarro que nos levava a um trabalho quase estranho e onde éramos a base da hierarquia. Ou, até, os meses seguintes ainda piores, em que partilhávamos um carro (o que nos obrigava a acordar horas mais cedo), e éramos carne para canhão na empresa, para ganhar tuta-e-meia.. Eu gosto de recordar esses tempos: lembram o quanto foi difícil e dão ainda mais valor a tudo isto.

Olhando para o ponto onde estamos, nem mesmo nos planos iniciais mais optimistas nos imaginava numa situação tão boa, ao fim de dois anos. Ela com trabalho regular como locum, com boa reputação nas empresas para quem trabalha e feliz com a flexibilidade que o trabalho por conta própria lhe proporciona. Eu com o melhor horário imaginável, com uma posição vantajosa na Lloyds e com a confiança dos meus superiores. *

Neste momento o difícil, mesmo, é pensar no regresso. Não me imagino a fazer o que fazia mas também ainda não sei como posso valorizar o conhecimento e experiência que aqui estou a adquirir nem como potenciar toda esta aventura. Para já, e à falta de melhor, vamos ficando...

Mas já se sabe, agora que terminaram os dois anos que tínhamos em mente, estou nas mãos da Dra.: quando ela mandar, tenho de pensar no regresso. Mas aqui entre nós - que ela nunca lê este blog - eu sei que ela não pensa em sair daqui tão depressa...

* - Mas sempre com o mail aberto para ouvir propostas bonitas. Em especial se vierem da Ilha de Man.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quando estudavas em Gloucester...

Então não é que agora não faço outra coisa que não seja estudar? Porra para isto, pá. Ando a estudar mais regularmente agora do que quando andava na faculdade.

À custa do novo serviço que vai começar nas farmácias do UK, no início de Outubro, tenho que estudar como é que o serviço funciona, como é que vou implementá-lo na farmácia e como é que vou pôr a equipa toda a trabalhar no sentido de o fazer resultar. Depois, como aquilo vai meter conhecimento clínico e eu durante a faculdade queria mais era saber mais Playstation e dos convívios, tenho que voltar a estudar farmacologia a sério. E para juntar à festa, na próxima semana recomeço, finalmente, a ir à Prisão de Gloucester e o que me espera é muito trabalho novo e que me exige que estude, só para o compreender.

Ainda hoje tive uma reunião com uma gestora de contratos externos da Lloyds, para a minha área, em que a dita me esteve a mostrar o que esperam de mim e eu, que nem sou de me assustar com coisas novas, confesso que tremi. Hoje nem me apetece escrever sobre isso porque ainda estou com a tremideira, mas um dia destes esboço aqui um resumo do que querem que eu faça.

E é que tudo isto vem mesmo numa altura que não convinha nada. É que ainda a semana passada comprei o "The Game", um livro que eu procurava desde Maio e que finalmente me lembrei de trazer de Portugal, e o gajo continua à beira da cama sem ser tocado. Já para não falar que daqui a duas semanas sai o "FIFA 12" e o "Battlefield 3"...

Procurei "convívio" e "farmácia" no Google. Surgiu isto.
Realmente foram uns anos do caneco, aqueles dos convívios na antiga FFUC...

P.S. - Já nem me lembrava que o pharmaoeste.blogspot ainda existia.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Iu no uó namine.

Confesso que, ontem, cheguei a ficar triste por não ver o jogo do Benfica com o Manchester. Hoje, no entanto, percebi que o jogo da Champions deve ter sido adiado. Aparentemente, o que eu perdi foi só um jogo particular... com o Nite.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vale muito a pena

O luxo de horário que tenho é, neste momento, a mais forte razão que encontro para não mudar de emprego. Isso e a ausência de propostas, para farmacêuticos, para a Ilha de Man...

A possibilidade de ir a Portugal passar uns dias, sem ter de meter férias, é impagável e dá alento para aguentar todo o stress do meu local de trabalho. Este fim-de-semana, então, foi de sonho e aproveitadinho ao máximo: deu para ver muita gente, rever muito local familiar, combinar muita coisa, fazer umas compras e ver o Sol.

Aqueles quase três dias em solo português pagam, e bem, todo o esforço da viagem, todas as nove horas de autocarro, todas as quatro horas de avião e todo o stress que o levantar voo ainda me provoca, de vez em quando (e se foi dura, a aterragem em Londres, desta vez). Aliás, agora que o entusiasmo inicial se vai esfumando e que os motivos da nossa estadia "nas Inglaterras" são mais fúteis, vai-me custando cada vez mais, cada segunda-feira de regresso.

E por cá, embora oficialmente ainda seja Verão, os dias já são agrestes. Às 19h00m quando saio já estão aqueles 14ºC e um vento gelado que só os nativos conseguem aguentar, na cama já se dorme com dois edredons e, de manhã, já se vai ligando o aquecimento do quarto. O Verão inglês, no fundo...

P.S. - Mataram-me! No UK começa, em breve, um novo serviço nas farmácias. Como preciso de saber mais sobre o assunto, inscrevi-me há um mês, numa formação sobre o mesmo. Só hoje reparei: a formação é amanhã, às 19h30m. AMANHÃ... 19h30m... Adeus Benfica-Manchester. Ninguém merece!

domingo, 4 de setembro de 2011

Quase nos 29

Recomeçou a época oficial da Sunday League: este ano num patamar de qualidade um bocado mais elevado que nos anos anteriores, depois da subida de divisão alcançada.

Abrimos a época com um empate caseiro (2-2), com sabor a vitória, contra (quero acreditar) uma das melhores equipas da liga. Tivémos o Barbudo lá em cima com um cachecol e uma bandeira dos Kendal Boys, a permitir ao adversário apenas um golo, na avalanche de futebol ofensivo da primeira parte. Depois, em cima dos 45´ deu-nos um canto e aqui a criança, na mina do segundo poste, apareceu a dizer que sim. Na segunda parte foi quase a mesma dose, com eles a atacarem e a desperdiçarem quase tudo e nós a irmos lá uma vez e a facturarmos. Empatezinho bem bom.

Infelizmentem, eu é que já não tenho vinte anos e isto de andar lá no meio sempre a subir e a descer monte, a dar linhas de passe a toda a gente, a saltar às bolas todas e a fazer o gosto ao pé tem que se lhe diga. Conclusão: cheguei ao fim do jogo com caímbras em todo o lado. Até nos dedos dos pés. Estava a caminho do balneário, dobrei os dedos dos pés e eles ficaram... Tipo rigor mortis... Mexer que é bom: tá quieto. E à tarde, no sofá, dobrar as pernas: esquece.

É... Não são só os outros que fazem anos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mortinho para ir a casa

Já lá vão dois meses sem ir a Portugal. É muito... um gajo até corre o risco de começar a "inglesar", 'dasse...

A ver se estes próximos dias passam depressa, para sexta me meter no avião e sair desse lado.  Já falta pouco.

domingo, 28 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A aventura acabou



Passados quase dois anos sobre a nossa chegada, parece-me que a aventura acabou. O chegar, conhecer uma nova realidade social, adaptar a um novo emprego e estabilizar... Tudo isso acabou. O objectivo foi atingido.

Continuamos motivados para cá estar mas agora, claramente, por razões diferentes das que nos trouxeram. até aqui. Se a aventura foi o principal motivo para vir, neste momento o que nos prende cá é um emprego onde nos sentimos mais realizados (no meu caso) e temos mais liberdade (no caso da Vanessa), um salário incomparavelmente melhor e a incerteza quanto ao que nos espera em Portugal.

Entretanto, temos andado a espreitar (sem pressas) outras oportunidades, quer no mercado britânico quer noutros, só para ver o que por aí há. Nada de muito sério.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Patroa fora

Semana santa, "na loja".

Com a Vanessa na Madeira, tem sido uma semana como nos tempos da Casa do Povo: filmes, séries, Playstation, casino, uma noitezinha e futebol.

Só falta mesmo o Pardal e o meu primo...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mais perto de casa e mais umas notas sobre os tumultos



Primeiro arranjei uma aplicação de rádio para o telemóvel que me permitia ir para a farmácia a ouvir Mega-FM, Comercial ou TSF. Depois veio a aplicação da TVI que me permitia tomar o pequeno-almoço a ver os vídeos das notícias da véspera.

Mas agora ainda fiquei mais perto de Portugal. A RTP criou um aplicação ainda melhor. Além dos vídeos das notícias da véspera, tem emissão, em directo, e com grande qualidade, da RTP 1, RTP 2, RTP Internacional, Antena 1, Antena 2 e Antena 3. De modo que agora como as torradas e arranjo a "marmita" para a farmácia, a ver, em directo, a emissão da RTP. 

Não é que dê muito jeito saber se há trânsito no IC19 ou se há engarrafamentos na ponte 25 de Abril, mas ouvir as vozes habituais e até os separadores do costume ajuda a combater um bocadinho da distância.

P.S. - Por cá, até ver, as palavras do Primeiro Ministro estão a ser levadas à letra: mais policiamento nas ruas, centenas (sim, plural) de detidos e julgamento rápidos. Hoje no caminho de dez minutos até casa passei por, pelo menos, quatro veículos da polícia, estacionados e carregados de agentes de intervenção. Em Londres, há tribunais a funcionar vinte e quatro horas por dia (sim, em Agosto). E ainda hoje foi a julgamento um rapaz de 11 anos. Este país tem muita coisa má e outras tantas que eu não gosto, mas em termos de Justiça, tenho muita pena de dizer que dá "dez a zero" a Portugal.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Breve nota sobre os tumultos



Escrevo só para dizer que, embora haja notícias de mais gente e mais polícia, ontem à noite, nas ruas de Gloucester, nós ainda não tivémos problemas, perto de casa. As imagens da RTP, parecem mostrar locais do centro de Gloucester onde ainda hoje estive mas, nem aqui nem em Tewkesbury (vilória aqui ao lado onde hoje estive, para ir ao dentista), vi sinais de confrontos, destruição ou, tão pouco, ajuntamentos anormais de gente. Tirando os helicópteros que, durante grande parte da noite de ontem, sobrevoaram a cidade nada mudou a nossa rotina.
a
Quanto aos tumultos em si, para mim é puro roubo e vandalismo e tem de ser, em primeiro lugar, combatido e, depois, julgado e punido. Por mim, nas cidades onde há problemas, era pôr em vigor um recolher nocturno obrigatório e dar liberdade à polícia para usar canhões de água, cães e balas de borrachas, ao primeiro sinal de desobediência. Se não chegasse: exército. Quando as coisas acalmassem: usar todos os meios para identificar quem anda metido nisto e julgá-los.

Mas, repito, durante o dia ou perto de nossa casa, não houve, até agora, nada de anormal.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Agosto em Gloucester

Tenho férias marcadas para a próxima semana toda, no entanto, fui "come-sono" e andei a adiar a marcação dos voos para Portugal. Assim, quando, a meio de Julho, me lembrei de começar a tratar disso, já os voos estavam muito mais caros do que eu esperava e acabei por decidir ficar por cá.

Irei a Portugal um fim-de-semana de sexta a segunda, em Setembro (cujos voos e autocarros já comprei) e seis dias, em Outubro (começo a mexer-me daqui a uma semanas). Acabo por aproveitar melhor estes fins-de-semana compridos, já que apanho mais gente que não está a trabalhar.

Uma vez que vou acabar por cá ficar e a Vanessa diz que vai estar a semana toda na Madeira, em vez de ficar sete dias a criar bicho, no sofá, pedi à Lloyds para me arranjar cinco dias de trabalho. Vou, então, aproveitar as férias para fazer umas coroas e em Setembro volto a casa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Casamento britânico

No encerramento da época da Sunday League, um dos meus colegas de equipa convidou toda a gente para o seu casamento. O dito decorreu no último sábado. Já tinha visto vários na televisão (há muitos programas sobre o tema, na televisão britânica) mas só agora estive presente num e pude confirmar a ideia que tinha: não tem nada a ver com um casamento português.

Pelo que percebi há uma festa mais clássica (reservada para a família mais próxima) que inclui a cerimónia na igreja. Depois, à noite, há uma festa mais descontraída, com os amigos, para a qual eu fui convidado. Trabalhei até às 18h00m, fui a casa tomar banho e mudar de roupa e lá fui eu. A festa com que me deparei tem o "glamour" de uma festa de anos de um adolescente: muita gente de jeans; "catering self-service" de sandes, chamuças e batatas fritas (nada de jantar sentadinho e com gente a servir), bar onde para beber se tem de pagar e um gajo a passar música (e boa que ela era...).

Mais uma experiência... 

Foto com o noivo. Foi tirada com um telemóvel que deve ter meio pixel de resolução.

sábado, 6 de agosto de 2011

Mais uma experiência UK

Acabo de chegar do meu primeiro casamento no UK. Não tem nada a ver com um casamento em Portugal. Mas já é tarde (no UK 23h30m é tarde) e amanhã há Sunday League. Reporto amanhã.

domingo, 31 de julho de 2011

Guess who's back


A três semanas do início oficial da época, aí está a foto de família dos Kendal Road Old Boys - versão 2011-2012 (carregar na foto para ampliar... Mãe).

O plantel é praticamente o mesmo que no ano passado garantiu a subida de divisão. Destaque apenas para a entrada de um avançado, com pinta de jogador e cheínho de vida, que fomos buscar a uma equipa da divisão que agora deixamos e que tem sido a estrela da pré-época (na foto: por baixo do Barack Obama).

Estamos agora a umas sete ou oito divisões da Premier League. Sendo que eu estou com 28 anos, se levar uma vida regrada e subirmos de divisão todos os anos, ainda dá...  

E sim... rapei o cabelo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estórias IV - Escola Nº16


E o tesourinho que um amigo meu partilhou comigo na Facebook? Um classicão... E perguntava o gajo: "Lembras-te?". Para todos que me acusam de ter memória de peixe, aqui segue a resposta:

Escola Primária Nº16 - Ano Lectivo 1988/1989

Professora: Maria Huguete

Em cima: André Manuel da Silva Lage, João Pedro, Ricardo Jorge Lucas Sousa Goucha, Sofia, Victor (com C, como ele bem fazia questão de referir), Paulo Jorge Mendes Marques, Hugo André Maio Gonçalves, Catarina Canha.

Em baixo: Rúben Sílvio Domngos Amaral, Ana Rita, Bárbara Almeida, Ricardo Nuno, Dário (demorei cinco minutos a lá chegar), Nádia, José Ricardo, Tânia.

Fácil...

sábado, 23 de julho de 2011

Desertei

E não me arrependo nada.

Foram mais de dez anos juntos. Mas chegou a hora do fim. É o melhor para os dois...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Caerdydd

Com a Vanessa a trabalhar aos domingos, o nosso fim-de-semana juntos é, em geral, às quartas-feiras. Esta semana: Cardiff.

Excelente alternativa a Bristol e Birmingham: uma hora de caminho, gente com bom aspecto, castelos, uma grande baía para passear e... lojas até dizer chega, para a Vanessa.

terça-feira, 19 de julho de 2011

658 - Nailsworth


Terminou hoje a experiência.

Não inventei muito. Não impus nada. Não andei a comprar guerras com ninguém. A farmácia tem um novo manager (não-farmacêutico) a começar, portanto não fazia sentido andar a substitui-lo. Mas vi muitos procedimentos que acho errados e expliquei porque é que os acho errados. Por vezes, a equipa reconheceu que o que dizia lhes podia trazer vantagens e mudaram. Noutras, achavam que tinham razão e, enquanto isso não afectou a qualidade do meu trabalho, fiz como decidiram.

Lá para sexta-feira estava a ficar sem perceber porque me tinham, afinal, pedido para ir para ali. Percebi ontem: inspecção do General Pharmaceutical Council. Dá sempre melhor imagem estar presente um farmacêutico da Lloyds, que conheça os cantos à casa e saiba os procedimentos da empresa. Ainda para mais, a inspectora já me conhece de Longlevens e sabe, no geral, o que faço. E... ehr... o facto de engraçar com a minha cara também ajuda... De modo que, aliando as duas coisas, a inspecção correu tranquilinha.  

No geral, foi uma semana sem pressão: com metade do trabalho, a servir uma população muito mais tolerante (e que até tem mais razões de queixa) e sem responsabilidades de gestão. No final, deu para perceber porque há farmácias que se esforçam, em vão, para atingir metas baixas e outras que atingem números muito superiores: organização. E perde-se tanto dinheirinho por aí...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Do resto das férias e do regresso ao trabalho

Tirando as três horas de concerto do Bon Jovi (quiçá no dia com mais Sol desde que estamos no UK), o resto das férias foi o costume: aquela semaninha em Portugal para aproveitar o bom tempo, rever as caras do costume, ir visitar uma ou outra que já não se via há mais tempo e passar algum tempo em casa dos pais.

No regresso, segunda-feira, estava ainda a fazer o trajecto aeroporto-centro de Londres, e já estava a receber novidades quanto ao trabalho. Aparentemente, uma farmácia aqui da área (a 20 km de Gloucester) anda a ter problemas sérios recentemente: várias discrepâncias nos estupefacientes que levantaram problemas com as autoridades, má gestão de stocks, procedimentos incorrectos e, obviamente, pouco pessoal (e pouco habituado a  trabalhar).

Recebi, então, uma chamada da Area Manager a perguntar se eu me importava de lhe fazer um favor. Disse-me que tinha para lá enviado um farmacêutico-extra durante dois dias para resolver o problema com os estupefacientes mas depois queria alguém para lá passar uma semana para ajudar neste novo arranque da farmácia (tem desde há uns dias um novo manager). Não dei bandeira - perguntei só no que queira que eu ajudasse - mas fiquei contente.

Fiquei contente porque, um ano depois, vejo que ela olha para a minha farmácia e sabe que o barco está bem sem mim. O trabalho flui. Os procedimentos que seguimos estão perfeitamente implementados. Neste momento o manager não é diariamente imprescindível. E fico contente porque quando precisou de alguém que ajudasse uma farmácia em dificuldades, pensou em mim. Conhece o que eu faço e gosta. Bom!

Vai ser, então, uma semana e pouco num ambiente diferente. Relato no final. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Das férias no México

Ponto prévio: as férias foram boas. Não obstante os três primeiros dias de tempestade tropical, ainda deu para apanhar um solinho, fazer vários passeios, ir uma noite a Playa del Carmen e outra a Cancún, fazer uma praiúca, descansar e umas fazer actividades radicais. Ah... e uma semana sem cozinhar, ainda para mais a comer boa comida, também não é nada de deitar fora.

Agora... são umas férias que eu nunca repetiria nem aconselho a ninguém: para quem conhece Cancún, a Riviera Maya é fraquinha. Comparar as duas é como comparar a obra-prima do mestre com a prima do mestre-de-obras: têm semelhanças mas, no fundo, não têm nada a ver. É que na Riviera Maya os resorts são desterrados, no meio do nada, afastados uns dos outros e só se de lá sai de táxi (a pagar bem), ao contrário de Cancún, em que por um dólar se vai a todo o lado. Acabámos por fazer tudo o que tínhamos planeado, mas tivémos que estar à mercê dos enganadores dos taxistas mexicanos.

E depois, já se sabe, com a qualidade de praia que tivémos no ano passado, era impossível apanhar igual...

Ainda assim, ficam alguns dos registos:






domingo, 26 de junho de 2011

Projecto para as férias

"Quero ficar contigo, agora e para sempre.
Nadar no teu corpo, eternamente.
Os teus sonhos os meus serão,
Os meus sonhos os teus serão."
Da Weasel

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Estórias III - Do México

E o videozinho que eu descobri, hoje, enquanto percorria o disco externo?

Na sequência da LP Conference 2011 e na antecipação das férias que se avizinham, não podia vir mais a propósito.


Filmado, em Junho de 2008, algures na Avenida Kukulcan, em Cancún. Um agradecimento especial ao grande Telmo Nemésio por resgistar estes momentos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Acabou-se o romantismo

Amor à camisola... Clube do coração... Cadeira de sonho... Tudo tanga! Afinal o dinheiro, o carcanhol, a massa, o pilim, o cacau, o caroço, a guita e o papel é que contam.

Eu também fazia o mesmo, se estivesse na Lloyds e me viesse outra empresa oferecer cinco vezes mais. Estando no Benfica, com um plantel ganhador e a dez dias de iniciar uma época em que ia limpar fácil o campeonato, dificilmente me convenciam. Mas de facto, hoje, só o adepto é que tem amor à camisola.

Como benfiquista fico feliz mas como adepto de futebol estou muito desiludido...


P.S. - Confesso que só ao procurar uma imagem para o post, reparei que o MST escreveu algo semelhante.

sábado, 18 de junho de 2011

Não vemos a hora


A maltinha do lado de cá anda a contar os dias para as férias. Mas, também, é compreensível. Senão vejamos: estamos em Junho, andamos brancos, não pára de chover, não vemos o Sol há dez dias, dormimos sempre com edredón e temos de ligar o aquecedor do quarto, todas as manhãs. Porra... no UK nem cheira a Primavera, quanto mais pensar em Verão!

Vai daí, a malta não pára de fazer contas aos dias que faltam até sábado e não vê hora de se meter no avião, daqui para fora, por uns tempos. O que só prejudica as férias, já que a expectativa, que já de si é alta por serem as férias de Verão, vai ficando ainda mais alta... Mas vai ser giro: sábado concerto do Bon Jovi, em Londres; domingo voo; depois uma semaninha de dolce fare niente e, no meu caso, ainda uma semaninha em Portugal.

E, possivelmente, algo mais. Algo que está na calha há uns tempos...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

LP Conference - Conhaque

Depois das 18h00m: hotel, banho, mudar de fato e de volta à Arena Ricoh para o jantar da empresa.

Até vir para o UK, sempre ouvi com algum fascínio os meus colegas que foram para a Indústria falarem do "jantar da empresa". Supostamente é uma coisa muito arranjadinha no início que depois descamba numa ganda festarola entre toda a hierarquia. Bom... este foi mais ou menos isso. Pelo menos a parte da festarola já que quanto à hierarquia eu estava-me bem a borrifar.  No meio de mais de mil pessoas eu quase não conhecia ninguém, portanto não sabia quem eram os meus superiores ou deixavam de ser.

E não conhecer ninguém é fantástico! Pelo menos num jantar onde depois de um cómico inglês com a sua piada nos mandam com uma hora de duas velhas estrelas pop britânicas e duas horas de DJ.

E lá andei eu... do início ao fim a dançar com ninguém e ao mesmo tempo com toda a gente. Como eu gosto... Numa espécie de estágio para o Coco Bongo, daqui a duas semanas...

domingo, 12 de junho de 2011

LP Conference 2011 - Trabalho



Sábado diferente para a Lloydspharmacy.

Dia de conferência nacional, em Coventry: uma enorme reunião entre todas as farmácias da companhia, todos os líderes regionais, todo o pessoal do Head Office e todas as chefias de topo... qualquer coisa como 1800 pessoas. Resumidamente, e para além dos milhares de libras gastos, tratou-se de um espectáculo onde o novo Managing Director da empresa e a sua equipa, nos mostraram onde está a Lloyds neste momento, qual é o contexto que nos rodeia e o que pretendem para os próximos dois anos.

O facto é que a empresa ainda dá lucro (sim... 170 milhões de libras, só em 2010, ainda permitem ao Sr. Lloyds não passar fominha) mas tem dado menos nos últimos anos, fruto de uma série de razões. E como tal, investiram neste novo MD para liderar uma espécie de revolução.

Em poucas linhas: o UK está a atravessar enormes mudanças com vista a poupar biliões de libras no Serviço Nacional de Saúde e isso tem implicado grandes cortes para as farmácias. Como tal, através de uma série novos produtos, novos serviços e, principalmente, novas formas de fazer o que fazemos diariamente, a empresa pretende estar cada vez menos dependende do Estado inglês para gerar o seu lucro.

Dos farmacêuticos, entre outras coisas, pretendem que sejam cada vez menos "máquinas de checar" e passem mais tempo com os utentes e a criar relações nas comunidades. Vamos, pois, esperar para ver se as ferramentas que supostamente nos devem libertar tempo funcionam...

E foi isto... Até às 18h00m...

terça-feira, 7 de junho de 2011

eBay

Uma das poucas coisas boas que o UK tem melhor que Portugal é o acesso a um quase infindável mundo de compras baratas, à distância de um clique no rato, chamado eBay. Confesso que ao longo do último ano me fui deixando conquistar e hoje estou completamente rendido. Arrisco-me mesmo a dizer que, hoje em dia, todas as compras significativas que faço passam pelo eBay.

Aquilo tem tudo o que eu quiser comprar, os produtos chegam todos na embalagem original e com o selo original, em geral são mais baratos que nas lojas e a entrega é feita em dois ou três dias, gratuitamente, no local onde me der mais jeito. Melhor? Difícil.

Foi assim com a Star Chef, foi assim com a Dolce-Gusto, foi assim com muita da roupa para a neve e foi assim com o novo brinquedo: uma máquina de filmar todo-terreno que pode ir até 3m de profundidade debaixo de água e que vai dar um jeitão para o snorkeling e demais aventuras que já programámos para as férias. Comprei domingo à noite e chegou hoje à farmácia.

Só por curiosidade fui comparar o que paguei, com o preço em Portugal. E-Bay: £85.00 (+/- 97.75€). FNAC: 159.00€; Worten: 149.00€; Vobis: 149.00€; Pixmania: 116.90€ (mais preço da entrega).

domingo, 5 de junho de 2011

Um ano depois

Para quem nunca viu.

Para quem viu e não gostou do final.

Para quem viu e não percebeu o final.

Para quem viu e tem a sua própria teoria sobre o final.

Para quem viu e desistiu a meio, não chegando a ver final.

O melhor resumo do Lost: http://www.youtube.com/watch?v=-HWECQa23Cs.

P.S. - Odeio ter razão: http://gloucesteradois.blogspot.com/2010/06/gostei.html

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Maximização de investimentos

Não sei se já aqui o escrevi alguma vez mas a Vanessa acusa-me, amiúde, de ser agarrado.

Ponto 1: no que diz respeito a lazer, viagens, jantaradas, amigos e família não sou agarrado. Sou gastador.
Ponto 2: no resto não sou agarrado. Sou selectivo, procuro a melhor relação qualidade/preço e gosto de maximizar os investimentos. Vamos a um exemplo prático.

Hoje, embora estivesse de folga, acordei relativamente cedo para ir a dois centros de saúde falar com umas pessoas. Aproveitei e fui pôr as camisas do mês a passar a ferro, dei um jeito à casa, fui cortar o cabelo e fui comprar uns sapatos para trabalhar. A loja tinha umas coisas porreiras e acabei por comprar dois pares: uns para trabalhar, outros para os dias de lazer. Conclusão: gastei £130.

Às 14h30m, estava de regresso a casa para ver um filmezinho e aproveitar o resto da folga. Antes disso, porém, fiz um café e fui bebê-lo para perto dos barcos e das gaivotas. Estava eu a beber o dito quando abro o mail no telemóvel e vejo uma mensagem da Vouchercodes (empresa que semanalmente me envia descontos em várias lojas e restaurantes do UK). Entre os 20 melhores descontos da semana lá estava, em quarto lugar, 10% em compras nas Clarks (onde tinha acabado de gastar £130).

Fiquei verde por um minuto e depois pus-me a fazer contas. Ora bem, eu vou demorar vinte minutos a ligar o computador, descarregar o voucher, passá-lo para a pen, ir a uma papelaria imprimi-lo, ir ao centro da cidade devolver os sapatos, comprá-los de novo, no mesmo minuto, com o voucher e regressar. Isso são vinte minutos de trabalho para fazer £13 limpas. É o mesmo que fazer £39 limpas numa hora. O que significa mais ou menos uma rate de £60 numa hora de trabalho. É uma rate muito boa.

E assim fiz... Logo vou explicar à Vanessa a situação. Ela vai dizer que sou agarrado. Opiniões.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sunday League: fim de época 2010/2011

Sexta-feira houve jantarinho de encerramento da época da Sunday League.

Além do troféu que cada um recebeu por termos sido vice-campeões, fui ainda eleito o "Melhor jogador estrangeiro" da equipa: prémio que resolvi atribuir a mim próprio, dado o facto de não ter sido considerado, por todos os meus colegas, como o "Melhor jogador" da época. Humildade à parte, foi uma noite porreira, com uma maltinha que, ano e meio depois de aqui chegarmos, ainda vai sendo a única com quem interajo com regularidade fora do trabalho.

Na foto: eu, o Levi e a taça. Da mesma salta à vista que: 
1 - Preciso de cortar o cabelo. 2 - Preciso de dormir. 3 - Preciso urgentemente de apanhar Sol.


P.S. - Tenho a certeza que este gajo é parecido com alguém famoso ou com algum desenho animado mas não me consigo lembrar qual. Até fui a um site de comparação de fotos com pessoas famosas mas não apareceu nada de jeito. Se alguém me pudesse ajudar, agradecia.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Habemus férias

Depois de várias semanas de indecisão, de cinco dias de intensa procura, de termos tudo marcado e um site não nos arranjar lugar no voo prometido, de voltarmos a procurar e de pagarmos mais £100 cada... finalmente habemus férias.

Vamos... lá.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dublin 2011

Dublin foi maravilha!

O voo Bristol-Dublin é meia horinha: aquilo levanta, anda dez minutos e aterra. Acho que até eu fazia... Depois foi só esperar um bocado que chegasse o resto da comandita, que vinha de Portugal, fomos ao hotel deixar as malas e começou...

Primeiro mergulhámos num almocinho de três horas, bem servido e melhor regado... Indescritível! Depois andámos lá pelas ruas até acharmos o pub ideal (com esplanada) para abancarmos a beber uma(s) Guiness  e chatearmos toda a santa alma que passasse na rua. Mais um bocado e eram horas de irmos para o estádio, vimos a jogatana, voltámos a casa e fomos dar aquele giro que se impunha.

Bem sei que era noite de final europeia e que, talvez por isso, houvesse mais animação e mais gente na rua, mas, pelo que vi, Dublin by night dá trinta a zero à parvónia de Gloucester: muitos bares com música ao vivo, muita animação e muita gente. Fiquei fã e voltarei, em breve.