segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Que coisa maravilhosa


E eu até queria que o Real ganhasse. Mas, Santa Ingrácia!, que coisa avassaladora: tic-tac, tic-tac, tic-tac. Parece tao fácil... Que duas horas deliciosas!

domingo, 28 de novembro de 2010

Já temos neve

O frio já se faz sentir, por cá, e de que maneira: hoje de manhã, por exemplo, o termómetro do meu carro marcava uns belos -5ºC.

Escusado será dizer acordamos com a água das docas congelada, com um manto de neve a cobrir o chão, com uma camada de gelo a cobrir os carros (que só com o spray descongelante conseguimos desfazer num tempo aceitável) e... que não houve Sunday League. Impossível jogar: os relvados parecem pistas de gelo.

E nós nem nos podemos queixar muito porque vivemos no Sul. Pior está a malta que vive no Norte ou já mesmo na Escócia. Para esses as previsões apontam para temperaturas ainda mais baixas para os próximos dias.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Comunicado da Direcção


Lia-se hoje na página oficial dos Kendal Old Boys no Facebook:

Kendal Road Old Boys F.C has emailed FIFA and got our players taken out of the 55 player shortlist for worlds best. We don't want the distractions. FIFA have added others to replace the Kendal Old Boys players (Gareth Bale, your welcome).

Perecebo agora o porquê de, com a época que venho a fazer, a FIFA ter nomear gente como Kaká, Mascherano, Pirlo e Fabregas que fizeram épocas medianínhas e se ter esquecido de mim.

Maldito sejas, Simon Powell !

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Da prisão


A prisão... Epá, a prisão é um ambiente que impõe o seu respeito. Pelo menos de início. Não é bonita (nem tem de ser). É prática e pelo que me foi dado a ver, parece-me conseguir aquilo para que existe: manter no seu interior, controlada, uma maltinha que não sabe viver em grupo, por não respeitar uma coisa que temos no mundo civilizado que se chama Lei.

Ainda não ando por lá sozinho porque ainda não me "checkaram" o cadastro nem me transmitiram todas as normas de segurança. Portanto, para já tem sempre de haver alguém que me vá buscar ao portão principal e me leve até ao Health Department. Pelo caminho, que no total (entre interiores e pátios) não deve ter mais de 100 metros, passamos, sem exagero, por umas dez portas. Todas elas a terem que ser abertas à chave e fechadas após a nossa passagem.
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Trabalho, trabalho, ainda não fiz muito. Estive para lá a ver uns stocks de controled drugs e a correr os ficheiros clínicos de todos os "hóspedes" para seleccionar aqueles a quem vou fazer os primeiros clinical checks. Basicamente, o que me é pedido é que me sente 10-15 minutos com cada um deles e faça o mesmo serviço que nas farmácias chamam MUR (Medicines Use Review): averiguar se está tudo a correr bem com a terapia, se as posologias estão correctas, se há efeitos secundários a assinalar, se eles sabem porque é que tomam cada medicamento, se há algumas dúvidas que queiram ver esclarecidas, explicar como se usam alguns dispositivos mais complicados,...

É trabalho. Numa farmácia, numa prisão, num supermercado ou num estádio de futebol aquilo não muda muito. É trabalho. 

Charla vária sobre a língua inglesa


Desde que chegámos que nos elogiam a qualidade com que nos exprimimos em inglês. De facto, e como tento explicar a quem mo diz, não tem grande ciência.

Em primeiro lugar, em Portugal, no nosso tempo*, começava a aprender-se a língua inglesa, nas escolas, aos dez anos (e acho que agora ainda mais cedo). Depois, como grande consumidores de música e cinema americanos levamos com inglês a toda a hora e em todo o lado. No meu caso ainda mais graças também aos videojogos. E por fim (e com esta é que eles ficam doidos!) o inglês é das línguas mais fáceis que há para se aprender.

Hoje estive dez minutos a tentar explicar isto a uma colega. Primeiro, falei-lhe na facilidade que há nos tempos verbais em inglês: uma palavra ou no máximo duas para correr todas as pessoas do singular e plural, enquanto a maioria das línguas tem uma palavras para cada uma das seis pessoas (I walk, You walk, He walks, We walk... / Eu ando, Tu andas, Ele anda, Nós andamos...).  E ela já estava a franzir o sobrolho...

Mas giro, giro, foi tentar explicar-lhe que todos os substantivos em português (e na maioria das línguas) tinham um género e que os artigos que os antecediam tinham de concordar com esse género. Uiii! Aí é que foi luta: tentar explicar-lhe que "cadeira" para nós é feminino e "lápis" é masculino, que "Inglaterra" é feminino mas "Reino Unido" é masculino... Enquanto para eles, se não for humano, não tem género. É it.

E ela só perguntava: "Mas maculino como, se eles nem estão vivos". E eu: "Pois. Mas para nós, vivos ou não, têm de ser femininos ou masculinos... E não há regra que possas aprender... Cada palavra é um caso... e só com a pática é que lhes vais conhecendo o género". E, passavam-se 10 minutos... e lá vinha ela outra vez: "Mas masculino como?".

* -  Quão chato devo eu ser para, aos 28 anos, conseguir usar a expressão "no nosso tempo"? Mais: quão chato devo eu ser para, com tanta coisa para dizer sobre a prisão, conseguir fazer um post sobre inglês, português e o diabo-a-sete? 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais competências


A Lloyds tem um (rentável) contrato com a prisão  de Gloucester que pressupõe a dispensa de todos os medicamentos de que eles necessitam, visitas diárias de uma dispenser para gestão de stocks e validades e visitas semanais de um farmacêutico para fazer clinical checks e gerir todo o serviço. Escusado será dizer que de todas as farmácias da área 5H (que é bem grandinha) este contrato tinha de estar adjudicado àquela onde eu trabalho. 

Isto significa, em primeiro lugar, uma hora diária com quase toda a equipa dedicada exclusivamente à prisão, em segundo, duas horas diárias em que perco a nossa melhor dispenser porque tem que ir à prisão e, em terceiro, que tenho também eu de ir, uma vez por semana, à dita.

Para tal andam-me a investigar o cadastro tal como fez o Hospital de Nuffield quando comecei a trabalhar com eles, sendo que estes são mais exigentes: além do tempo que passei no UK exigem também uma investigação ao meu cadastro, em Portugal. O que, por ser impossível de fazer pelas autoridades inglesas, me vai levar na próxima semana a Londres para uma reunião no Consulado português.

Tudo isto só pode ser considerado positivo. Porquê? Bom, porque em princípio, e salvo algum assalto a banco que eu tenha feito e não me lembre, dentro de umas semanas serei um dos três farmacêuticos da Lloyds habilitado a trabalhar no Hospital de Nuffield e um dos dois habilitados a trabalhar na prisão de Gloucester.

Acabasse o meu contrato já amanhã...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Na Zimbreira

Estive quatro dias, em Portugal, para o fim de semana anual com a maltinha da FFUC - este ano com a benção especial de S. Pedro que nos presenteou com um Sol como eu não via desde a última vez que tinha estado em Portugal.

Este ano na desconhecida localidade de Zimbreira, numa casa como a que eu trabalho para um dia ter, tudo correu como normal: dois dias de copos, palhaçada, piscina, paintball, Party n' Company e demais variedades.

No domingo... no domingo não me lembro... Só me lembro de serem sete da tarde e depois tenho uma branca enorme e não me lembro de nada. Só me recordo de estar a acordar, ser segunda-feira e começar a fazer a viagem de regresso para "Glosta".






quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A parte não farmacêutica do trabalho

Tenho um amigo que trabalha na indústria farmacêutica a quem eu tinha por hábito perguntar: "Ouve lá, mas afinal o que é que tu fazes?". E ele sempre respondia: "Faço a gestão daquilo: resolvo os problemas". "Pois... mas isso é o quê concretamente?". E ele, meio a brincar, meio a falar a sério, dizia-me: "Olha... basicamente, atendo uns telefonemas e mando uns mails".

E aquilo fazia-me uma confusão do caneco...

Hoje em dia, e em especial desde que estou em Longlevens - que é de facto uma farmácia com muito movimento - percebo o que ele queria dizer. Realmente as coisas não funcionam se não houver alguém que dê a cara, que se responsabilize por tudo, que peça uma desculpa quando é preciso, que lidere a equipa e que tenha o "jogo de cintura" suficiente para arranjar uma solução para o quer que apareça. Aliás, se tivesse que resumir numa só frase o que faço enquanto manager acho que diria que resolvo problemas. E há sempre novos todos os dias.

Ou seja, olhando para o que escrevi...  falei muito e não disse nada... mas basicamente, é só atender uns telefonemas e mandar uns mails.

P.S. - E os nomes das pessoas com que trabalho? Tracey, Kirsty, Becky e Nicky, já não é muito simples de distinguir. Mas Jean, Jen, June, Jamie, Jodie e Shane então é que não me faz a vida nada fácil. E eu que sempre fui forte em nomes!