sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal 2010


Portanto a reter:

- Luvas para o frio;
a
- Dancar e cantar á vontade desde que nao se  faca mal a ninguém:
a
- Nada de gravar vídeos onde houver gelo;

- Chá e "King of Queens" antes de ir para a cama.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Em altura de balanços

Dezembro... altura dos típicos balanços dos ano, dos mais e dos menos e tudo e tudo e tudo.

Boa altura para deixar aqui, quiçá, o melhor videoclip de música do ano: "Ok Go - This too shall pass"


Entretanto hoje, depois do dia com mais neve desde que estamos em Gloucester, saí da farmácia e tinha o carro coberto por uns 5 cms de neve em todas as superfícies possíveis. Benditas caneleiras que andam na mala do carro e que, na falta de uso na Sunday League, servem brilhantemente como pás de neve.  

Escusado será dizer que o cidade toda coberta de branco está fantástica!

sábado, 18 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dezembro é para "leães"

"It's the most wonderfull time of the year..." diz uma das músicas que, invariavelmente, passam todos os dias, na rádio, nesta altura do ano... Claramente, o "camejim" que escreveu a música nunca trabalhou numa Lloyds, em pleno mês de Dezembro, senão teria antes escrito "It's the most unbelievably freakin crazy time of the year...". E é mesmo!

Pelo movimento que as farmácias têm parece que os medicamentos vão desaparecer da face do planeta amanhã e que ninguém quer ficar sem os seus. Parece mesmo o fim do mundo. Então se ao facto de ser Dezembro, juntarmos uns floquitos de neve que este ano insistem em cair, então é que o inglês se passa. O estado é quase de pânico nalgumas pessoas...

Não dá para perceber... Ainda se fosse em Portugal, onde neva de década em década, epá... ainda se percebia: é novidade, a malta pensa que vem aí o fim do mundo... tudo bem! Agora estes gajos que levam com neve todos os anos e se safam sempre, que vêem que a ilha por cá continua e que nunca há falta de nada, porquê tanto stress?

Bom... venha daí a próxima semana que essa sim, a ver pelo exemplo do que têm sido estas últimas, vai ser o "Deus-me-livre".

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Das apostas II



"Então mas tu és parvo? Achas que o Porto vai ganhar e apostas no empate?". Calma! Aposto no empate porque a odd era exagerada para aquilo que provavelmente se ia passar... em especial nos primeiros minutos de jogo. Onde um Porto com algumas caras novas, sem Hulk nem Moutinho e com o apuramento no bolso não precisava de acelerar assim tanto.

E assim foi. Começa o jogo e o Porto não marcou logo. Conclusão: o mercado começou devagarinho a "corrigir" a odd do empate. Ou seja: quanto mais os minutos passavam e o Porto não marcava, mais provável era que o empate fosse o resultado final e, por conseguinte, mais a odd do empate diminuía.

Quando a odd de apostar CONTRA o empate andava pelos 7.0 (isto foi para aí aos 15 min. de jogo) eu comprei £23.00 de aposta CONTRA o empate (ou seja, assumi a responsabilidade de pagar 7.0 x 23 = £161.00 a alguém, caso o jogo acabasse empatado, recebendo as £23.00 deste alguém caso o jogo não terminasse empatado). E, apartir deste momento, atingi um green booking: ou seja, podia desligar o computador que acontecesse o que acontecesse no Estádio do Dragão eu tinha lucro garantido. Se não vejamos: se o Porto empatasse eu ganhava £164.00 da primeira aposta, tendo de pagar £161.00 pela segunda (164.00 - 161.00 = £ 3.00 de lucro). Se o Porto não empatasse eu ganhava £23.00 da segunda aposta, perdendo as minhas £20.00 da primeira (23.00 - 20.00 = £ 3.00 de lucro). 

O lucro é baixo: certo! Mas tem que ser visto à luz do capital investido: £20.00. No fundo é um lucro de 15%... o que em cerca de 15 minutos não é mau. Então e se o Porto marcava nesses 15 minutos? Bom... esse é o risco da coisa e por isso é que é importante escolher os jogos certos (para minimizar o risco). Se o Porto marcasse, a odd do empate ia disparar e aí havia duas hipóteses ou se seguia com a aposta até ao fim (arriscando o capital de £20.00) esperando um golo do CSKA (improvável, mas que até aconteceu) ou se comprava imediatamente aposta contra o empate, com imediato prejuízo, mas minimizando as perdas. E se o CSKA marcava primeiro? Isso por acaso era bom. Quando a equipa mais fraca marca nos primeiros minutos, a odd do empate tende a descer drasticamente e isso permitiria lucros maiores.

Outro mercado muito bom (não vale a pena enumerar as razões porque isso dava para 4 ou 5 posts ainda maiores) e que é aquele onde tenho feito mais trading é o "over/under 2.5 golos". E pronto, vai dando para entreter e ver a bola: carreguei £50.00 há três semanas e tenho lá perto de £140.00... Quem quiser saber mais, procure o site ou os vídeos no Youtube de um gajo que é trader profissiona chamado Paulo Rebelo.

Das apostas I


Falemos então do novo entretém do surdo: as apostas. Não é propriamente nada de novo... há anos que mando uns "tiros" de vez em quando, mas até agora era sempre baseado na simples análise de punter: acho que se vai passar X, aposto a favor de X (sendo X um acontecimento real qualquer, em geral, o vencedor de um jogo de futebol). Nada mais simples... há mil casas de apostas por aí onde fazer isto.

Recentemente, descobri a Betfair que é a única casa que permite apostar CONTRA os acontecimentos. Ou seja, além de poder apostar que vai acontecer X, posso também apostar que X não vai acontecer. E isto, que é uma ideia tão simples, abre todo um novo mundo de possibilidades, pois cria um mercado (entre utilizadores) com compra e venda de apostas, com as odds a serem defenidas pelos próprios utilizadores. E daqui nasce o Bet-Trading que mais não é do que um forma de retirar lucro das variações que o meracdo vai sofrer (tal como a fazem os especuladores na bolsa).

Mas vamos lá ver se eu consigo explicar o que é isto do Bet-Trading, com um exemplo concreto. Ontem, por exemplo, jogava o Porto. Em casa, Liga Europa, adversário acessível... análise de punter:  provavelmente o Porto ganha! OK... Análise de trader: provavelmente o Porto ganha, sim senhor, mas o Porto já tem o apuramento garantido, segundo anunciaram vai rodar jogadores e como nem precisa desesperadamente da vitória não vai entrar "a  matar". Vamos ver como é que está o mercado: odd a favor do Porto 1.22, odd a favor do empate 8.2. Isto é um exagero para as condicionantes do jogo: é provável que o Porto ganhe, mas este empate está sobrevalorizado. Comprei £20.00 do empate a 8.2, o que significa que houve alguém que aceitou assumir a responsabilidade de me pagar £164.00 caso o jogo acabasse empatado (recebendo as minhas £20.00 caso o jogo não acabassse empatado).

domingo, 12 de dezembro de 2010

Santo Dezembro


Em Dezembro, quase todas as companhias proibem os farmacêuticos de tirar férias. Como tal, tirando o dia de Natal e o Boxing Day, este mês não faço horas-extra e assim sendo tenho, finalmente, aproveitado o horário que tenho no contrato: trabalhar dois dias, descansar um, trabalhar mais dois e descansar ao fim-de-semana. Vida santa!

Por outro lado, e pela mesma razão, é mais difícil para um locum arranjar trabalho. Como tal, a Vanessa, de modo a garantir sempre 5 dias de trabalho todas as semanas, optou por fazer o seu "fim-de-semana" à segunda e terça-feira, trabalhando ao sábado e domingo.

Corolário disto tudo: aquela Playstation tem trabalhado como nunca, o "Call of Duty" idem e, graças ao novo vício das apostas e do bet-trading (num próximo post explico), tenho visto futebol como nunca antes. Ontem, por exemplo, que a Vanessa trabalhou o dia todo, comecei  às 11h30m com o Inverness-Rangers, passei para o Bayern-St. Pauli, depois vi o West Ham-Man. City, comi com a primeira parte do FC Porto, vi o Newcastle-Liverpool todo, vi o Génova-Nápoles todo e ainda fui a tempo de ver a última meia hora do Sporting. E ficamos por aqui porque o campeonato argentino acabou esta semana e agora não tenho jogos para ver à meia-noite...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Programa de festas para os próximos tempos


Como tenho tinho alguma malta a perguntar se vou a Coimbra no Natal, decidi postar aqui o programa de festas para os meses que se avizinham.

Assim sendo, e quebrando o tabú, não, não vou a Coimbra, no Natal. Fico por aqui sozinho (já que a Vanessa vai passar o Natal e o Fim-de-Ano, à Madeira) e trabalho duas horas, no dia de Natal, e outras duas, no Boxing Day.

Para compensar a não ida a casa no Natal, já estou a mexer umas folgas para poder ficar com um fim-de-semana comprido e ir a Portugal a meio de Janeiro. Depois, em Fevereiro, devemos ir passar uma semana de férias juntos (sim... nós também tiramos férias juntos), em Março ou Abril  volto a fazer um daqueles fins-de-semana compridos e na Queima a presença de ambos é garantida.

Entretanto, por cá continuamos. Nós e a neve.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Que coisa maravilhosa


E eu até queria que o Real ganhasse. Mas, Santa Ingrácia!, que coisa avassaladora: tic-tac, tic-tac, tic-tac. Parece tao fácil... Que duas horas deliciosas!

domingo, 28 de novembro de 2010

Já temos neve

O frio já se faz sentir, por cá, e de que maneira: hoje de manhã, por exemplo, o termómetro do meu carro marcava uns belos -5ºC.

Escusado será dizer acordamos com a água das docas congelada, com um manto de neve a cobrir o chão, com uma camada de gelo a cobrir os carros (que só com o spray descongelante conseguimos desfazer num tempo aceitável) e... que não houve Sunday League. Impossível jogar: os relvados parecem pistas de gelo.

E nós nem nos podemos queixar muito porque vivemos no Sul. Pior está a malta que vive no Norte ou já mesmo na Escócia. Para esses as previsões apontam para temperaturas ainda mais baixas para os próximos dias.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Comunicado da Direcção


Lia-se hoje na página oficial dos Kendal Old Boys no Facebook:

Kendal Road Old Boys F.C has emailed FIFA and got our players taken out of the 55 player shortlist for worlds best. We don't want the distractions. FIFA have added others to replace the Kendal Old Boys players (Gareth Bale, your welcome).

Perecebo agora o porquê de, com a época que venho a fazer, a FIFA ter nomear gente como Kaká, Mascherano, Pirlo e Fabregas que fizeram épocas medianínhas e se ter esquecido de mim.

Maldito sejas, Simon Powell !

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Da prisão


A prisão... Epá, a prisão é um ambiente que impõe o seu respeito. Pelo menos de início. Não é bonita (nem tem de ser). É prática e pelo que me foi dado a ver, parece-me conseguir aquilo para que existe: manter no seu interior, controlada, uma maltinha que não sabe viver em grupo, por não respeitar uma coisa que temos no mundo civilizado que se chama Lei.

Ainda não ando por lá sozinho porque ainda não me "checkaram" o cadastro nem me transmitiram todas as normas de segurança. Portanto, para já tem sempre de haver alguém que me vá buscar ao portão principal e me leve até ao Health Department. Pelo caminho, que no total (entre interiores e pátios) não deve ter mais de 100 metros, passamos, sem exagero, por umas dez portas. Todas elas a terem que ser abertas à chave e fechadas após a nossa passagem.
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Trabalho, trabalho, ainda não fiz muito. Estive para lá a ver uns stocks de controled drugs e a correr os ficheiros clínicos de todos os "hóspedes" para seleccionar aqueles a quem vou fazer os primeiros clinical checks. Basicamente, o que me é pedido é que me sente 10-15 minutos com cada um deles e faça o mesmo serviço que nas farmácias chamam MUR (Medicines Use Review): averiguar se está tudo a correr bem com a terapia, se as posologias estão correctas, se há efeitos secundários a assinalar, se eles sabem porque é que tomam cada medicamento, se há algumas dúvidas que queiram ver esclarecidas, explicar como se usam alguns dispositivos mais complicados,...

É trabalho. Numa farmácia, numa prisão, num supermercado ou num estádio de futebol aquilo não muda muito. É trabalho. 

Charla vária sobre a língua inglesa


Desde que chegámos que nos elogiam a qualidade com que nos exprimimos em inglês. De facto, e como tento explicar a quem mo diz, não tem grande ciência.

Em primeiro lugar, em Portugal, no nosso tempo*, começava a aprender-se a língua inglesa, nas escolas, aos dez anos (e acho que agora ainda mais cedo). Depois, como grande consumidores de música e cinema americanos levamos com inglês a toda a hora e em todo o lado. No meu caso ainda mais graças também aos videojogos. E por fim (e com esta é que eles ficam doidos!) o inglês é das línguas mais fáceis que há para se aprender.

Hoje estive dez minutos a tentar explicar isto a uma colega. Primeiro, falei-lhe na facilidade que há nos tempos verbais em inglês: uma palavra ou no máximo duas para correr todas as pessoas do singular e plural, enquanto a maioria das línguas tem uma palavras para cada uma das seis pessoas (I walk, You walk, He walks, We walk... / Eu ando, Tu andas, Ele anda, Nós andamos...).  E ela já estava a franzir o sobrolho...

Mas giro, giro, foi tentar explicar-lhe que todos os substantivos em português (e na maioria das línguas) tinham um género e que os artigos que os antecediam tinham de concordar com esse género. Uiii! Aí é que foi luta: tentar explicar-lhe que "cadeira" para nós é feminino e "lápis" é masculino, que "Inglaterra" é feminino mas "Reino Unido" é masculino... Enquanto para eles, se não for humano, não tem género. É it.

E ela só perguntava: "Mas maculino como, se eles nem estão vivos". E eu: "Pois. Mas para nós, vivos ou não, têm de ser femininos ou masculinos... E não há regra que possas aprender... Cada palavra é um caso... e só com a pática é que lhes vais conhecendo o género". E, passavam-se 10 minutos... e lá vinha ela outra vez: "Mas masculino como?".

* -  Quão chato devo eu ser para, aos 28 anos, conseguir usar a expressão "no nosso tempo"? Mais: quão chato devo eu ser para, com tanta coisa para dizer sobre a prisão, conseguir fazer um post sobre inglês, português e o diabo-a-sete? 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais competências


A Lloyds tem um (rentável) contrato com a prisão  de Gloucester que pressupõe a dispensa de todos os medicamentos de que eles necessitam, visitas diárias de uma dispenser para gestão de stocks e validades e visitas semanais de um farmacêutico para fazer clinical checks e gerir todo o serviço. Escusado será dizer que de todas as farmácias da área 5H (que é bem grandinha) este contrato tinha de estar adjudicado àquela onde eu trabalho. 

Isto significa, em primeiro lugar, uma hora diária com quase toda a equipa dedicada exclusivamente à prisão, em segundo, duas horas diárias em que perco a nossa melhor dispenser porque tem que ir à prisão e, em terceiro, que tenho também eu de ir, uma vez por semana, à dita.

Para tal andam-me a investigar o cadastro tal como fez o Hospital de Nuffield quando comecei a trabalhar com eles, sendo que estes são mais exigentes: além do tempo que passei no UK exigem também uma investigação ao meu cadastro, em Portugal. O que, por ser impossível de fazer pelas autoridades inglesas, me vai levar na próxima semana a Londres para uma reunião no Consulado português.

Tudo isto só pode ser considerado positivo. Porquê? Bom, porque em princípio, e salvo algum assalto a banco que eu tenha feito e não me lembre, dentro de umas semanas serei um dos três farmacêuticos da Lloyds habilitado a trabalhar no Hospital de Nuffield e um dos dois habilitados a trabalhar na prisão de Gloucester.

Acabasse o meu contrato já amanhã...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Na Zimbreira

Estive quatro dias, em Portugal, para o fim de semana anual com a maltinha da FFUC - este ano com a benção especial de S. Pedro que nos presenteou com um Sol como eu não via desde a última vez que tinha estado em Portugal.

Este ano na desconhecida localidade de Zimbreira, numa casa como a que eu trabalho para um dia ter, tudo correu como normal: dois dias de copos, palhaçada, piscina, paintball, Party n' Company e demais variedades.

No domingo... no domingo não me lembro... Só me lembro de serem sete da tarde e depois tenho uma branca enorme e não me lembro de nada. Só me recordo de estar a acordar, ser segunda-feira e começar a fazer a viagem de regresso para "Glosta".






quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A parte não farmacêutica do trabalho

Tenho um amigo que trabalha na indústria farmacêutica a quem eu tinha por hábito perguntar: "Ouve lá, mas afinal o que é que tu fazes?". E ele sempre respondia: "Faço a gestão daquilo: resolvo os problemas". "Pois... mas isso é o quê concretamente?". E ele, meio a brincar, meio a falar a sério, dizia-me: "Olha... basicamente, atendo uns telefonemas e mando uns mails".

E aquilo fazia-me uma confusão do caneco...

Hoje em dia, e em especial desde que estou em Longlevens - que é de facto uma farmácia com muito movimento - percebo o que ele queria dizer. Realmente as coisas não funcionam se não houver alguém que dê a cara, que se responsabilize por tudo, que peça uma desculpa quando é preciso, que lidere a equipa e que tenha o "jogo de cintura" suficiente para arranjar uma solução para o quer que apareça. Aliás, se tivesse que resumir numa só frase o que faço enquanto manager acho que diria que resolvo problemas. E há sempre novos todos os dias.

Ou seja, olhando para o que escrevi...  falei muito e não disse nada... mas basicamente, é só atender uns telefonemas e mandar uns mails.

P.S. - E os nomes das pessoas com que trabalho? Tracey, Kirsty, Becky e Nicky, já não é muito simples de distinguir. Mas Jean, Jen, June, Jamie, Jodie e Shane então é que não me faz a vida nada fácil. E eu que sempre fui forte em nomes!

domingo, 31 de outubro de 2010

Cá estamos


Não há grandes novidades: trabalho-casa, casa-trabalho. "X-Factor" ao sábado, "Sunday League" ao domingo, poker à segunda,  "Ídolos" à terça, "PES" toda a semana, Benfica quando joga e cozinhar dia-sim, dia-não. O de sempre...

Fora o de sempre, hoje, enquanto a Vanessa trabalhava, conheci outro tuga que por cá anda: boa gente. Depois fomos a um cineminha e vimos pela primeira vez um filme em 3D: é mais ou menos.

Esta semana, terei pela frente uma "maratona" de quatro dias seguidos a trabalhar, deixando a folga para 6ª feira, onde um voo Londres-Porto me espera. Depois... bom, depois temos o anual fim-de-semana velhaco com a maltinha da faculdade: este ano com 16 participantes. Aos restantes 15 quero apenas dizer que tenho andado a treinar para o paintball e vou dar tudo.

P.S. - Seis meses depois, e desde as duas horas da madrugada de ontem, o relógio do carro da Vanessa voltou, finalmente, a estar certo. Pelo menos pelos próximos seis meses... 

domingo, 24 de outubro de 2010

Em terra de cegos

Dois golos, uma assistência em lance de 2xGR, um livre ao barrote e muito qualidade, contra a equipa que ia em segundo: hoje poderei ter sacado a melhor exibição pelos Kendal Old Boys. Também foi o melhor campo que apanhei desde que cá estou com uma relvinha cortada, baixinha, húmida, sem altos e baixos: um luxo no UK. E mesmo a própria equipa deverá ter sacado o melhor jogo do último ano.

Desculpai a falta de humildade, mas é um crime se não for o melhor em campo. O que por si só não diz muito, dada a qualidade geral da Sunday League.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mais uma acreditação


Ontem foi dia de estudo no Double Reynolds.

Há uns tempos tínhamo-nos inscrito num curso para ficarmos acreditado a dispensar, no UK, a contraceção (agora é assim que se escreve, n'é?) de emergência de forma gratuita, em determinadas situações. Há duas semanas foram as aulas, hoje foi a avaliação.

Foi muito diferente de quase todas as avaliações a que já me sujeitei. Em vez de um teste escrito, tínhamos quatro cenários reais, cada um com uma jovem diferente com quem nos sentávamos durante 15-20 minutos, a conversar. Elas traziam o papel delas ensaiado e nós, durante cada conversa, tínhamos que lhes arrancar a informação de que necessitávamos para tomar uma decisão, decidir em conformidade e a partir daí garantir que uma série de conselhos eram dados.

Basicamente, quatro simulações exactas daquilo que, precisamente, ficámos acreditados a fazer. Ainda para mais com os avaliadores, mais do que a "cascarem", a darem opiniões construtivas no final. Foi bom e é mais um serviço que podemos prestar.

P.S. - Esta semana foi um passeio: 2ª - Férias; 3ª - Reunião (para os chefes porem um bocadinho mais de pressão nos managers), 4ª - Folga; 5ª - Vá... lá fui à farmácia; 6ª - Isto de manhã, PES à tarde; Sábado - com uma semana destas era um crime não fazer horas-extra. 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Do casório

Quanto ao casório: medianinho, medianinho! Isto é, não foi mau... mas esperava-se que o Kid abrisse mais o livro. Em especial, depois de ver a qualidade de actuação com que o artista nos brindou, no seu Rasganço, há cinco anos. 

Mas, pronto, sempre se juntou uma equipinha engraçada e isso é sempre bom. Aí ficam alguns registos:






É engraçado ver como as fotos documentam uma clara proporcionalidade inversa entre a hora a que são tiradas e a compostura dos intervenientes - e com esta acabo de dar um nó à cabeça do Pêra.

Casaram o Kid

De seu nome Telmo Lage, conhecido entre as gentes locais simplesmente como Kid, foi visto pela última vez enquanto solteiro, sábado último, pelas doze horas, junto à Capela da Universidade. Apresentava, à hora da ocorrência, calças e casaco preto, camisa branca, gravatão cinza e cara fechada.

Diz quem não se refugiou nas minis do bar de Direito e teve paciência para assistir à cerimónia, que na hora H (e contra as previsões das casas de apostas) foi leão e deu mesmo o "sim".  

É mais um que tomba... mas pelo menos vai passar uma semana ao México!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Londres outra vez

Papai e mamãe vieram cá passar uma semana e eu fui com eles a Londres passar uns dias. Nada de novo: vimos o de sempre. Acho que eles gostaram.

Pelo meio, ainda nos cruzámos com o Desailly, nos Harrod's, mas a criança estava demasiado ocupada nas compras para tirar uma foto com a maltinha. Harrod's, por sua vez, que é daqueles sítios giros para um gajo se lembrar do quanto é pelintra. 

O meu pai (e eu até tenho alguma vergonha de dizer isto) é que também é como o Desailly: não pode sair á rua sem ser reconhecido. Só que como, por manifesta falta de sorte, o máximo jogou foi no U.D.Chelo, não nega fotos a ninguém. Vai daí, aceitou tirar uma com um moço que nos encontrou num Mac, em Westminster. Aí fica:

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Brincadeirinha!

Isso do cinema é muito bonito, muito bonito... Mas não se compara ao novo brinquedo cá de casa: antecipei o Natal e comprei o "Move" para a PS3.

É, em duas palavras, fan... tástico. Esqueçam a Wi... não tem nada a ver. Está muito acima. É brincadeira: os controlos copiam na perfeição os movimentos que fazemos e os jogos são aquela coisa. O jogo de voleibol, então, é quase perfeito... só não salto nos remates. E o ping pong? Os controlos são tão precisos que o jogo até determina se estamos a cortar a bola ou a dar top-spin!

À conta disto, a sala do Apt.1 Double Reynolds foi já remodelada, agora contempla uma área de jogo. Assim que possível tentarei convencer a Vanessa a fazer um vídeo do je a jogar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Os papa-cinemas

O ano passado, a malta inscreveu-se no ginasio. Chegaram os dias compridos (eu ia escrever "Chegou o Verao" mas achei um antitese) e cancelamos: faltava vontade para sairmos da farmacia e enfiarmo-nos naquilo.

Descobrimos agora o novo entretem. Em vez de nos inscrevermos no ginasio, fizemos o cartao de cinema ilimitado: o cinema por ca e carote (£7 por sessao) mas se aderirmos a este cartao, por um ano, ate fica em conta (£13,50 por mes e vemos todos os filmes que quisermos, as vezes que quisermos).

Tudo isto para dizer que vale a pena ir ver o "Devil", o ultimo filme do M. Night Shyamalan.

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Um ano de UK: o balanco - III

Um a parte - Hoje isto vai sem acentos porque o meu conputador esta a dar o berro e a placa grafica esta com problemas. Resumindo, ja so liga de mes em quando. o que me obriga a usar o da Vanessa que, por ter sido comprado ca, nao tem acentos.

Para acabar o balanco, digo apenas que recomendo a experiencia a quem se encontrar com vontade de partir rumo a uma nova aventura e estiver preparado para uns primeiros tempos onde a distancia, o frio, a chuva e a exigencia de um trabalho diferente podem fazer mossa. Sabendo, no entanto, que, com o tempo, as coisas so terao tendencia a melhorar. Se assim for, se por ai houver almas com vontade de vir para ca, encontrem a motivacao certa e mandem um mail que eu dou a ajuda que puder (tal como tambem me deram a mim).

Finalmente, objectivos para o proximo ano: ir ao Norte visitar o Eugenio (falha grave deste primeiro ano... a Vanessa nem vos conhece. Mas vai mesmo ter de ficar para 2011... E que ela ate final do ano vai tirar bastantes ferias por isso o sabados e o domingos restantes vao ser para trabalhar), ir a Escocia, ir a Gales e ir as Irlandas. Ver um jogo de rugby da equipa de Gloucester e ver um jogo da Premier League. Basicamente, fazer mais turismo (e que o Benfas ca venha outra vez).

Esta tem sido a aventura.... Continuamos por ca.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um ano de UK: o balanço - II


Ao longo do trajecto posso dizer que nunca me arrependi: gosto muito do que faço aqui, gosto da posição que me conferem, gosto da responsabilidade, gosto da pressão e sei que eles também estão satisfeitos comigo. Confesso: faz-me bem ao ego a importância que eles aqui me dão. Mesmo nos primeiros tempos, quando todo o sistema ainda era um bocado esquisito, posso dizer que nunca pensei em desistir. Era como costumava dizer à Vanessa: "nem que passe fome, nem que passe frio, nem que me ponham a limpar as escadas... não tenho cara para voltar ao fim de dois meses".
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Com ela não foi assim. A motivação não era tanta e ao fim do primeiro dia já me estava a dizer que queria ir embora. Hoje (ainda para mais com o conforto e as regalia$ de ser locum) já está adaptada. Mas ninguém lhe tira da cabeça que daqui a um ano / ano e pouco quer ir embora. É um erro! Perdão... é um ERRO ENORME e com letras bem grandes. Depois de todo o trabalho de adaptação e agora que temos ambos posições consolidadas, era ficarmos mais 3 ou 4 anos e levávamos a vida orientada daqui.

Filhos? Opá, até nisso aqui há vantagens... Comigo a traballhar quatro dias por semana e ela, eventualmente, a trabalhar outros quatro tínhamos tempo para tudo e se levássemos daqui um filho com um ano isso não influenciava em nada a sua educação. Enfim... ainda há muito frango para virar neste campeonato, como diz o Jesus.

O balanço continua amanhã...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um ano de UK: o balanço - I


Assinala-se sexta-feira um ano sobre a nossa chegada ao UK. Olhando para trás muita coisa aconteceu...

Lembro-me dos primeiros tempos e das dificuldades dos dias em que, sem carro, tínhamos de acordar cedíssimo e atravessar a cidade para apanhar autocarro. Depois, já com um carro, veio o acordar ainda mais cedo para levar a Vanessa a uma farmácia, ir para outra e voltar ao fim do dia para a apanhar, cheia de frio... Ah... os duros tempos de Relief: a ser explorado pela empresa e sempre nas piores farmácias da região! Eram também os tempos em que a Vanessa dizia diariamente que queria ir embora...

Depois veio 2010 e a coisa foi melhorando. Ela acabou por ficar (para ser honesto, por alturas do Natal falávamos da possibilidade dela voltar), eu melhorei as minhas condições e fixei-me em Cheltenham, já tínhamos os dois carro (e meia hora extra de sono todos os dias), vímos neve, começaram as idas a Portugal, veio cá o Benfas, apareceu a Sunday League...

E, por fim, chegou o Verão (não necessariamente aqui, já que ainda estamos à espera que ele apareça, mas pelo menos chegou no calendário) e com ele vieram as férias à fartazana, as Maldivas e mais mudanças profissionais. A Vanessa tornou-se Locum - e ganhou toda a liberdade que isso proporciona e um substancial aumento salarial - e eu mudei-me para Longlevens o que, para além da melhoria salarial, me traz a vantagem de só trabalhar quatro dias por semana (e com isso a possibilidade de ir a Portugal quase quando quiser).

O balanço continua amanhã...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aguardo resposta

Está a chegar aquela difícil altura do ano em que as dúvidas me invadem a cabeça. Preciso de ajuda... Como é este ano: PES ou FIFA?

Atenção que este ano o PES tem um sistema de passes novo, melhorou a jogabilidade e... PES é PES. Mas o FIFA o ano passado melhorou muito e este ano deixa controlar o guarda-redes (o que permite 22 gajos a jogar online ao mesmo tempo). Agradeço pois que se cheguem à frente com opiniões e, principalmente, gajos com PS3 com quem eu possa jogar online me digam o que vamos comprar.

Pardal, fico à espera. Sai já no próximo mês.

P.S. - Segunda jornada da Sunday League. Empatámos 2-2 com uma equipa candidata a subir naquele que foi talvez o melhor jogo que aquele amostra de equipa já fez. Facturei e fui de longe o melhor em campo... embora não seja isso que o site indica.

domingo, 19 de setembro de 2010

Há coincidências

Sempe tive a mania da organização. Já quando era miúdo andava com papéis no bolso para me lembrar do que tinha para fazer. Hoje, talvez por isso ou pela memória de peixe, ando com o telemóvel carregado de notas com coisas para fazer a curto e médio prazo e outros ficheiros onde aponto coisas a fazer "um dia".

Na última 5ª feira, infelizmente, tive de ir a Portugal (cheguei de manhã e parti à noite por isso não disse nada a ninguém) para estar presente no funeral de um familiar. Como a viagem era longa, fui o caminho todo a rever os ficheiros do telemóvel, a relembrar coisas que tenho de fazer e a apagar algumas notas que já não fazem sentido.

Uma das que apaguei chamava-se "Livros a comprar um dia" e já só continha um livro. Curiosamente um dos primeiros que adicionei à nota (há pelo menos 5 anos) e que, sinceramente, já nem me lembro porque é que o apontei nem o que é que tinha de especial. A verdade é que, à vinda, e como faço habitualmente quando vou a Portugal, aproveitei as lojas do aeroporto para comprar a única coisa que compro quando vou a casa e que, por razões óbvias, tenho dificuldade em encontrar no UK: livros.

E lá estava ele. Mais de cinco anos depois de algo me ter levado a pontar o seu nome e já depois de eu achar que nunca o ia encontrar... lá estava ele. Não é nada do outro mundo. É só um bom livro. Mas foi curioso que mesmo no dia em que eu achava que já não fazia sentido guardar o seu nome, o tenha conseguido comprar.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Uma desculpa para falar da Cheryl Cole

Recomeçou o vício da malta: os primeiros episódios do "Ídolos". Aqui por casa já há um preferido: aquele "artista" que manda vir livros dos Estados Unidos para aprender a cantar - "coisa de topo mesmo" nas palavras do próprio - e que acaba a queixar-se da sala, que, aparentemente, não têm boa acústica. Do melhor!

No UK não há "Ídolos" (passam só a versão americana em alguns canais) mas há um programa muito parecido: o "X-Factor". O vídeo que aqui deixo tem pelo menos um ano e eu já o devo ter visto no mínimo vinte vezes. É a primeira audição de um concorrente - que acabaria por fazer um bom trajecto e ficar em terceiro ou quarto - e é só a melhor primeira audição que já vi num programa do género (no "X-factor" a primeira audição é logo com música, perante um teatro cheio e com os habituais quatro júris... onde se destaca a bela Cheryl Cole... excepção que confirma a regra de que não há inglesas bonitas).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O novo equipamento

Como prometido aqui fica o novo equipamento dos "Kendal Road Old Boys FC". A equipa da prisão deixa de o ser e passa, este ano, a vestir um mui-mais amaricado roxinho. Uma salva de palmas para o inteligente que decidiu que as meias e calções deviam ser brancos... num país onde chove 250 dias por ano.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O regresso da Sunday League

Depois de mês e meio de particulares, recomeçou ontem a Sunday League. A "equipa dos presos" (descobri há pouco que se chama "Kendal Road Old Boys FC") está carregadinha de novidades: uma ou duas contratações, equipamentozinho novo todo pipi (foto para breve), campinho novo todo xuxu (sem altos e baixos e com relva cortada).

Ontem, estiveram reunidas as condições ideais para a prática: chuva miudinha mas contínua a deixar a relva rápida, menos de 20ºC, campinho maravilha... e um treinador que finalmente abriu a pestana: mandou os dois pontas de lança às malvas, meteu dois gajos fortes atrás de mim e puxou-me para o meio. A criança, na sua enorme humildade fez o tinha a fazer: jogou, pôs a jogar, sacou uma assistência para golo, ainda empurrou uma batata lá para dentro (cabeça ao segundo poste... Fácil!) e... 10 em 10:




Este site, que descobri agora mesmo (e que me levou a escrever o post), tem em coisas giras. Percebi, por exemplo, finalmente, que ao longo destes 10 meses tenho andado a chamar Stu ao guarda-redes e que o gajo afinal chama-se Drew. Sempre fui muito forte em nomes...

O polaco dos muffins

Por cá tudo na mesma, não há novidades. Como tal, vou encher chouriços falando duma figura com que nos temos vindo a cruzar desde que aqui chegámos e por quem temos um ódio especial: o "Polaco dos Muffins".

Tínhamos chegado a Gloucester há um dia quando fomos ao centro da cidade pela primeira vez.  Estes eram ainda tempos em que nem sabíamos para que lado das estradas olhar quando as atravessávamos, quanto mais conhecer as moedas inglesas... Nesse dia fomos lanchar a um café que vende muffins. Na hora de pagar, tivémos que olhar para cada moeda para ver quanto valia. Bem... a cara de desdém e superioridade com que o empregado polaco nos olhou e os risos que trocou com o amigo!

E não foi só nesse dia. A coisa continuou por uns bons meses: sempre que lá íamos (a Vanessa adora muffins), lá estava o gajo a tirar-nos as medidas e a mandar aquele ar de superior. E eu só pensava: "Foda-se! Olha-me este caralhinho! Mas quem é este gajo para nos olhar assim? Foda-se... vende muffins todos os dias, nem a equipa do Benfica de 93/94 deve conhecer... Oh cum caneco!" Aposto que o Pardas já está a dizer que era eu que via coisas, mas não... a Vanessa também ficava doida. Mas gostava dos muffins...

A coisa virou 180º quando, por acaso, um dia, a Vanessa trabalhou numa Lloyds perto do café. À hora de saída quis comprar um muffin, foi lá vestida com a roupa de trablho e (coincidência) a partir daí o gajo desfaz-se em honras quando lá vamos. É um caralhinho... não tem outro nome.

P.S. - Neno. Abel Xavier (Veloso), Mozer, Hélder, Schwartz. Kulkov, Isaías, Paneira, João Pinto, Rui Costa (Ailton). Iuran.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Monelhos de cavelo


À hora de almoço, por cá, entre o empurrar de duas garfadas de comida e o ver das notícias de Portugal no telemóvel, falo sempre um bocadinho com a Vanessa. Hoje ligou-me toda aflita: tinha cabelo a sair do tubo de escape: "Ouve lá... mas tás doida... cabelo?" "Tou-te a dizer... é cabelo! Tens que lá ir tirar-me aquilo que eu tenho medo".

Às 19h30m quando cheguei a casa, lá fomos. Pelo caminho até ao carro, e depois de afastada a hipótese de ela ter atropelado alguém, só me falava em bruxarias, Freddy Krueger, Chupa-Cabra e o diabo a sete. Eu, que acredito tanto em bruxas como no Benfica campeão europeu 2011, cheguei, calcei uma luva, puxei o (que realmente tinha todo o ar de ser) cabelo e arrumei-o para uma sarjeta. Ainda fomos à net ver se mais alguém relatava algo parecido e de facto há relatos de gente a quem já aconteceu o mesmo.

Duas questões se levantam. Primeiro, alguém sabe de algum problema mecânico que resulte na libertação de fios (que parecem cabelo) pelo tubo de escape de um carro (percebo tanto de mecânica como de bruxas)? Segundo, porque é que sou tão burro que não usei a minha capacidade de tirar cabelos de tubos de escape para negociar quem cozinhava até Outubro? É que a cara dela perante os cabelos era em tudo semelhante à minha perante a (continuo a dizer, inexistente) aranha...

Agora tenho de ir porque, como sou burro, hoje volto a cozinhar.

sábado, 28 de agosto de 2010

Lost. But lost together...


Ponto um - Quem me conhece sabe que sou um cagarolas de primera.
Ponto dois - Isto de ter um blog não pode ser só para registar o trabalho e as palhaçadas. Tem que ser também para dar largas à basófia.

Dito isto, e embuído do espírito "Graças à aranha, até dia 7 és tu quem cozinha", hoje era eu a preparar o almoço. E posso dizer que caprichei...

Trabalhávamos os dois até às13h mas enquanto eu ia, literalmente, até ao virar da esquina a Vanessa ia até Bristol. Isto dava-me um gap de meia-hora para preparar o almoço. Limpei a cozinha, lavei a louça que ia usar, saquei um presunto para entrada, preparei uma grande salada com verduras, fruta e ameijoas, caprichei num arroz com cajú (onde a minha enorme modéstia só me permite dizer que sou muito forte) e grelhei um salmão. A acompanhar um bom vinho português (colheita Liverpool-Benfica 2010) e em fundo o "Lost" do Michael Buble. No fim, e como ela estava cansada, ainda me ofereci para lhe ir buscar a agenda a uma farmácia onde ela a tinha deixado ontem.

Acredito que, se ela não estivesse agora a dormir aqui ao meu lado, e tivéssemos passado a tarde nas compras, teria sido o marido ideal... perdão... o namorado ideal (que nestas coisas os papéis assinados têm uma importância enorme).

O vídeo oficial não se pode usar fora do You Tube, só se arranja este com a letra... Mas o som continua a ser aquela coisa.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Longos dias tem uma semana

'Cabou! Uma semana inteira de férias agora só em 2011...

Mas esta foi até à ultima gota. Numa semana apenas deu para encaixar reencontros com amigos dos quatro cantos do país, poker e PES, karaoke e futebol, Sol e praia, jantaradas e algum descanso. Deu ainda para provar que o Benfas só será campeão novamente se eu continuar do lado de cá! Seja...

Quanto ao Verão por estes lados vou percebendo que acabou: chove (e bem) todos os dias.

sábado, 14 de agosto de 2010

Tanana Buble

Uma vez que parto amanhã, para Portugal, por uma semana, penso que não escreverei tão depressa no blog. Como tal, e assinalando também a compra de bilhetes para o concerto do Michael Buble, em Birmingham, em Outubro, aqui fica um vídeo que deve entreter, no mínimo, uma semana.

O vídeo acaba por demonstrar que tenho obrigação de arranjar trabalho para todo os sábados, a fim de evitar que coisas destas se repitam... Enfim... Graças aos efeitos de câmara posso sempre tentar dizer que não era eu...

Volto ao blog daqui a uma semana. Se me virem por Coimbra, façam o favor de me pagar um copo. 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A artista da Vanessa...

...fez o contrato da vida dela: a semana passada convenceu-me que tinha visto uma aranha cá em casa. Por sinal grande. Ora sabendo de antemão que eu não ía tratar disso mas que alguém tinha que resolver o caso, basicamente extorquiu-me.

Agora tenho de cozinhar todos os dias até 7 de Setembro. Em troca ela tratou da aranha. Mas a questão é que eu não vi cadáver e ela própria afirma que não sabe se a matou.

Conclusão, o medo de passar perto da dispensa mantém-se... e ainda cozinho todos os dias. Nem vale a pena comentar.

"Fazível"

Opá... So far, so good... Diziam que aquilo era o fim do mundo em cuecas, que o staff odiava seres humanos e comia criancinhas, que as pessoas andavam à porrada com o farmacêutico, que havia fila o dia todo para lá da porta de entrada...

Até agora não foi assim. É certo que passo algum tempo a corrigir erros da malta mais nova e a tentar ensinar-lhes o funcionamento do sistema. É certo que é a farmácia mais movimentada onde já estive e que não páro um minuto. Opá... tá bem... Mas também tenho uma equipa que tem alguma gente que trabalha muito e bem (coisa que antes não tinha), tenho double-cover (outro farmacêutico a trabalhar comigo) em dois ou três dos quatro dias que trabalho e tenho gente que sabe pouco mas está aberta a aprender. Nem tudo é mau.

Agora só temos de continuar a ensinar os mais novos, meter todo o utente e mais algum no serviço de receitas repetidas da Lloyds (atingem-se os números, diminui-se a quantidade de gente à espera, diminuem-se os tempos de espera, diminuem-se as reclamações, gere-se melhor os stocks e com isso matam-se uns 6 ou 7 "coelhos") e pôr aquela gente a perceber como se gere o stock. Se lhe juntarmos um ou outro MUR nos dias de double-cover, um ou outro pedido de desculpa a um utente mais descontente e mais uma ou outra coisita... está feito. E o melhor de tudo é que só trabalho quatro dias por semana (no fundo têm sido cinco, mas porque quero).

Perguntar se queriam discutir a minha possível ida para ali foi a melhor coisinha que podia ter feito... pelo menos até agora.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Os novos ciclos

A semana passada ficou marcada pela visita da família da Vanessa aos nossos aposentos. Como a casa. mesmo sendo boa, não distrai por sete dias, acabámos por ir também passar um fim de semana "de caminheiros" a Londres, por fazer algum turismo por Gloucester e por arranjar uma viagem relâmpago ao norte para ver Stratford e Liverpool. Esta última já sem a minha presença - ainda há quem tenha de trabalhar!

A sexta-feira passada marcou a minha despedida oficial da 584 (embora ainda tenha trabalhado lá no sábado, mas já só com duas miúdas que fazem os sábados), depois da terça ter marcado a data da comunicação à equipa da mudança que se ia verificar. Não ficaram muito satisfeitos mas eu expliquei-lhes que cumpri com o que lhes havia dito: até uma dada data não sairía por nada, a partir do momento que as coisas encarreiraram nunca prometi quanto tempo ficava e nunca lhes escondi que queria melhores condições. No geral, acho que sempre fui honesto com eles e sai a bem.

O dia de hoje marcou o início de novos ciclos quer para mim, quer para a Vanessa. Eu comecei na nova branch e deparei-me com tudo o que esperava. Muito trabalho, equipa com pouca gente, muitos erros por desprocupação de outros que a partir de hoje acabam em cima de mim, gente "maçarica" (quando eu tenho que explicar a alguém que trabalha numa farmácia que 1 grama tem 1000 miligramas... estamos conversados), serviços implementados que eles desconhecem e cujas falhas resultam em defraudar de expectativas dos utentes,... Mas cara alegre e peito aberto porque eu é que me voluntareei para isto e já sabia ao que ia. E além disso o horário é óptimo: com folga às quartas, só trabalho mais de dois dias seguidos quando me apetece fazer horas-extra.

Quanto à Vanessa... de rir... parece que trabalha na Jamaica! Farmaciazinha limpinha, trabalho a aparecer quase só de meia em meia hora, tempo para fazer tudo tranquilamente, pressão: zero, boas rates. À hora do almoço já me estava a ligar a perguntar porque é que não fez isto antes. Ainda bem! Oxalá lhe continuem a correr as coisas assim.

Vou dando notícias.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Feliz... Como se fosse comigo

Este é daqueles que merece tudo de bom...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aquele post só para dizer que ainda cá estamos

Novidades da minha parte: tirei, finalmente, a acreditação para fazer MURs (revisão com os utentes sobre a sua medicação). Era um dos meus objectivos para os próximos meses e, basófia à parte, se soubesse que o exame era tão assim fácil já tinha perdido meia hora a fazê-lo, há muito tempo. Quanto à 584, ainda não disse a ninguém que vou sair pois ainda não tive autorização para tal.

Novidades da Vanessa: depois de dia 23 vai descansar uma semana (até porque vai cá estar família dela) e a partir do dia 1 de Agosto começa a trabalhar como locum. Já tem contactos com a farmácia do Sainsbury's, garantia que terá marcações na Lloyds e já está inscrita numa agência (que hoje lhe ligou a dizer que terá as marcações que quiser em Agosto, pois nesta área há muita procura). Na primeira semana de Agosto, a criança vai trabalhar uma média de 12-14 horas por dia, sábado e domingo incluidos (só descansando na sexta). Tem dias em que entra às 7h da manhã, tem dias que sai às 11h da noite e tem dias em que vai das 7h da manhã às 11h da noite.

E já só faltam duas semanas para estar aí outra vez sem fazer nenhum... Ou como dizia o meu ex-patrão / amigo Maia: "Ainda há bons empregos..."

A foto não tem motivo nenhum para aqui estar... Mas como o blog é meu até aqui podia meter o João Baião de pelota.
É como o Jesus... Se ele é que é o treinador, ele é que manda. E mete na baliza quem muito bem entender.   

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eu, pecador, me confesso

Os meses de Verão por aqui são como os cantos ao segundo poste - uma mina - já que a falta de farmacêuticos ainda se acentua mais e a empresa não arranja quem queira trabalhar. Ultimamente, assim que se aproxima uma folga, lá nos estão a ligar do Regional Office a pedir se podemos fazer umas horas-extra... Aproveitando o carregar de baterias que as férias proporcioaram, a minha política tem sido aceitar sempre que a Vanessa está a trabalhar. Ora, como ela tem aceite quase sempre para deixar boa imagem na empresa, agora que se prepara para sair, temos acabado ambos por trabalhar praticamente seis dias todas as semanas.

Alavancado por isto ou servindo me disto como apenas mais uma desculpa, olho para o cabide por trás da porta do quarto e vejo as camisas para passar a ferro a acumularem-se. Posso dizer, envergonhadamente, que a ultima vez que passei camisas a ferro foi no dia do Benfica-Porto... o da primeira volta... sim... Dezembro de 2009!!! Pelo meio tenho feito de tudo: troquei louça por camisas com a Vanessa, vesti camisas engelhadas, dei de trivela com o secador de cabelo cinco minutos antes de sair de casa, aproveitei ir a Portugal e inventei desculpas para levar camisas para a mãezinha passar, comprei camisas que prometem ficar com menos vincos e usei sem as passar... Enfim...à tuga!

Porreiro, porreiro era se o senhor que inventou a máquina de lavar louça pudesse agora inventar uma para passar a ferro... Enquanto isso não acontece coloco aqui este post no blog para me obrigar a passá-las...

...um dia destes...

...ou então prá semana...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Novas Oportunidades III

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Da reunião com Area Manger saiu também uma confirmação: gosto disto por cá.

Em Portugal eu era o farmacêutico... sendo que isso valia o que valia... Aqui sou o farmacêutico (e isso aqui significa mais) mas sou também o gestor: estabelecem-me objectivos, dão-me prazos, indicam-me onde tenho que melhor e mostram-me onde posso chegar se o fizer. Tenho um rumo perfeitamente definido em conjunto com a empresa e sou ajudado a alcançá-lo.

Por exemplo, depois da reunião de ontem, já tenho definidos os principais pontos onde tenho de incidir assim que chegar à nova branch e durante os próximos três / quatro meses: há pessoal para ajudar a formar, há serviços para iniciar, há serviços para melhorar, há números para recuperar, há relações para estabelecer. Por outro lado, a própria empresa quer que eu me desenvolva, quer sozinho (tirando acreditações que me possibilitem desenvolver mais serviços), quer orientado (o próprio A.M. planeou passar tempo comigo para me abrir horizontes sobre a área financeira e sobre, por exemplo, as funções de Cluster Leader). Bottom line: pedem-me que seja cada vez menos apenas o farmacêutico e que passe a ter mais envolvência no negócio.

Claro que isto dá mais trabalho. Mas pelo menos aqui sei que se trabalhar, estarei a abrir portas... Ou seja estou a trabalhar para eles, estou a dar-lhes valor ao negócio mas estou também a trabalhar para mim. E isso é motivante. 

Depois... bom, depois é como diz o Mourinho: Motivação + Ambição + Espírito de equipa = Sucesso.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Novas Oportunidades II


Apareceu então o Area Manager ontem na farmácia para falar comigo. Vinha para saber como estavam as coisas depois dos problemas por que passámos, para rever os números da branch, para estabelecermos os targets para o resto do ano e, inevitavelmente, para falar do mail que eu lhe tinha feito chegar.

Expliquei-lhe que não estava descontente na farmácia onde estou mas que ele já me conhecia e sabia que eu desejava mais. Disse-lhe que o pior ali já tinha passado e que agora, com a hierarquia refeita e com uma nova equipa já a começar, qualquer um pegava naquilo. E que eu sabia dos problemas da empresa com Longlevens e estava disposto a aceitar essa tarefa... se ele me dissesse umas coisas engraçadas: "Sabes, Wayne, é que por amor à camisola já nem o Rui Costa voltou ao Benfica..."

Não foi dificil negociar com ele: eu atirei um número estapafúrdio para o ar, ele riu-se e falou-me do orçamento dele. Eu disse-lhe que já tinha imaginado esta conversa em casa e que nessa imagem ele aparecia a rir e a falar-me do orçamento dele. Ele foi generoso. Eu disse que por esse valor não me podia estar a chatear. Ele foi um bocado mais generoso e eu disse-lhe que era um bom número mas que ficava a meio caminho das pretensões dos dois... ainda tinha de o tornar irrecusável. Ele fez cara muito séria e disse-me que ia até ao máximo que tinha na área, o que me colocava ao nível de gente que estava há muito tempo na empresa. Eu também pus cara séria e relembrei-o que me estava a oferecer para Longlevens: ele ia ficar a ganhar. Ele disse-me que eu devia ser vendedor!

E assim ficou combinado. Vou reduzir de 45 para 42 horas por semana, trabalhando 4 dias de 10,5 horas por semana (trabalho 2ª e 3ª, descanso 4ª, trabalho 5ª e 6ª e descanso ao fim de semana) e aumento 20% o que ganhava agora como manager em Coronation Square. É um contrato muito bom tendo em conta os valores do mercado (mesmo para locums), o facto de apenas aqui estarmos há dez meses (são mais 39% do que o contrato que assinei inicialmente) e a possibilidade de, ao ter três dias de folga por semana, poder perfeitamente fazer algumas horas-extra quando andar com vontade para isso (como foi o caso de hoje que saí às 18h e às 18h30m estava a entrar noutra até às 20h).

Começo a 2 de Agosto. A Vanessa, entretanto, está quase a começar a trabalhar por conta própria.

P.S. - Aproveito também a a oportunidade para desejar o céu ao senhor que inventou as máquinas de lavar louça.  

terça-feira, 6 de julho de 2010

Novas Oportunidades I

"No meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade. "- Albert Einstein


O nosso último regresso ao UK foi feito a uma segunda-feira (para aproveitarmos voos mais baratos). Como já só perto do início das férias fiz o pedido ao Regional Office, a minha folga dessa semana já estava marcada para quarta-feira e por isso já havia sido contratado outro farmacêutico para trabalhar na minha farmácia nesse dia. Como tal, e porque eu não ia ter dois dias de folga na mesma semana acabei por ter de trabalhar essa quarta-feira numa farmácia que não aquela onde sou manager.

Fui colocado na farmácia com pior fama aqui da zona: 180 - Longlevens. O terror dos terrores! Um sítio com um volume de trabalho muito grande, com staff pouco qualificado e rabugento e à qual a maioria dos locums jura não voltar depois de lá passar um dia. Sei inclusivé que muitos deles recebem rates muito acima do mercado para lá trabalharem. São dez horas e meia seguidinhas de hardcore com uma mini-pausa para almoço (obviamente interrompida)...

Fui e tentei fazer o meu. A meio da tarde,  parte do staff começou a fazer-me o que faz a todo o farmacêutico que vê: perguntar se eu não ponderaria trabalhar ali a tempo inteiro. Disse-lhes que já trabalhava numa farmácia a tempo inteiro, a qual até certa altura tinha prometido não abandonar, mas que agora não fechava completamente os olhos à possibilidade de mudança. Disse-lhes também que sabia da fama que aquela farmácia tinha mas que se o Area Manager me dissesse o que eu queria ouvir trabalharia ali com todo o gosto. Elas disseram que iam dizer isso mesmo ao A.M. no dia seguinte. Eu anui: "OK... Digam ao Wayne que me ligue..."

Fui para casa (mesmo) a pensar na questão. Disse à Vanessa o quanto me agradava a ideia... se as contrapartidas também fossem agradáveis. Chamou-me toda a parafernália de nomes que vai de louco a maluco... Ainda assim, mandei um mail para o Regional Office: "Sei dos problemas de Longlevens. Digam ao Wayne que eu posso estar interessado."

Falámos hoje.

sábado, 3 de julho de 2010

Santa máquina

A nossa qualidade de vida aumentou (e muito) esta semana: finalmente deitei os olhos ao manual da máquina de lavar louça e já podemos deixar de esfregar pratos. "Happy days!" como dizem os ingleses.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Falemos do Mundial


Com Portugal de fora, falo como o Nemésio: agora sou argentino.

Aqui ficam as minhas previsões, com 70% de razão e 30% de coração, até final. 

Uruguai bate o Gana e encontra na meia final a Holanda (que dá muito mais gosto de ver jogar que aquele Brasil). Argentina continua a encantar e atropela a Alemanha. Na meia final joga com a Espanha que despacha o Paraguai com 80% de posse de bola.... perdão... com 2-0.

À final chega a Holanda e a Argentina (aqui têm que ser pelo menos 70% de coração porque esta Espanha cheira-me que mete o Maradona num chinelo). Na final: argentino desde pequenino só para ver o Maradona a dançar nú à frente do Blatter.

Falemos de Portugal


Portugal saiu, e bem, deste Mundial (também) porque esta Espanha é muito forte. Mas não só...

Porque há sair e sair! Porque por muito forte que a Espanha seja, que o é, nós parecíamos o Paços de Ferreira, nos anos 80, a ir jogar às Antas ou à Luz: fomos para o 0-0 e a ver se chovia qualquer coisinha. Assim uma espécie de Grécia só que com um discurso mais "cagarola". E se, na primeira parte, a "equipa dos quatro centrais" ainda lá foi à frente de "mês em quando" (graças, principalmente, às arrancadas do Coentrão), na segunda foi, no mínimo, constrangedor nem passar do meio campo. E depois de sofrermos o golo, o grande filósofo da bola mostrou que não levava um Plano B. Continuámos na mesma... não se subiram as linhas... não se abdicou de ninguém lá de trás....nada! Se calhar levávamos 3 ou 4, é certo... mas parece-me a mim (que pouco sei) que o resultado final é o mesmo: Mundial no sofá.

E como se não bastasse, o "Proxor" resolve tirar o Hugo Almeida que ainda era dos poucos que estavam a jogar qualquer coisinha. Isto para não começar a escrever sobre o Ricardo Costa e as 1265 vezes que tentou agredir o Villa porque isto é um blog sem bolinha. Ah... e depois temos o gajo dos anúncios da Nike que é um grande jogador (sem ironia) mas não pode é chutar à baliza em todos os livres que passem o círculo central ou cada vez que vê a linha de meio-campo! Tá bem que a maneira como o Dr.Futebol arma a equipa não o favorece mas do meio campo? Nem com o Moretto na baliza!

E é por tudo isto que não estou tão triste como em 2006 (e incomparavelmente menos que em 2004). Porque se formos honestos só temos que admitir que esta Espanha está muito acima de nós e que, a jogar como nós, ninguém é campeão do mundo. Valha-nos o que me disse o César: ganhou-se um guarda-redes!

P.S. - E a pontaria da Nike a escolher estrelas para anúncios do Mundial: Drogba, Canavarro, Rooney, Ribery, Ronaldinho e Cristiano Ronaldo... todos no sofá!

P.P.S. - Uma opinião mais séria, por baixo da qual assino